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"Foi profundamente tocante": Gomes Cravinho condecorado por Zelensky

A visita dos ministros realizou-se numa altura de tensão interna na Ucrânia, estando Zelensky a planear trocar membros do Governo e alterar a chefia militar do país - um tema que tem estado a abalar a sociedade ucraniana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, num encontro, em agosto, na Ucrânia.
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Terminou esta terça-feira a visita de dois dias dos ministros portugueses à Ucrânia. João Costa e João Gomes Cravinho reiteraram o apoio a longo prazo de Portugal à Ucrânia e assinaram um acordo para a reconstrução de uma escola destruída, tendo sido no final da visita recebidos por Volodymyr Zelensky.

O Presidente ucraniano recebeu João Costa e João Gomes Cravinho, no final da visita de dois dias dos ministros portugueses à Ucrânia e tinha uma condecoração para entregar.

“Estamos muito gratos pelo vosso apoio desde os primeiros dias do intensificar do conflito e contamos com ele até ao fim, até à hora da vitória. Muito obrigado senhor ministro”, afirmou o Presidente ucraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português agradeceu o gesto “profundamente tocante”.

“A título pessoal foi profundamente tocante, mas também um pouco constrangedor […] da parte das autoridades ucranianas lembram-se de agradecer o apoio estrangeiro é algo que é profundamente tocante”, disse João Gomes Cravinho.

A visita dos ministros realizou-se numa altura de tensão interna na Ucrânia, estando Zelensky a planear trocar membros do Governo e alterar a chefia militar do país - um tema que tem estado a abalar a sociedade ucraniana.

O homólogo ucraniano de João Gomes Cravinho, Dmytro kuleba, desvaloriza o impacto que o assunto terá nos parceiros.

“Não creio que quaisquer mudanças no Governo possam influenciar as nossas relações com os nossos parceiros, porque os nosso parceiros respeitam a autoridade do Presidente para tomar decisões”, afirmou Dmytro kuleba.

É a democracia a funcionar, disse, em exclusivo à SIC, Josep Borrel, o chefe da diplomacia europeia, também de visita à capital ucraniana.

Uma democracia que vive há quase dois anos em guerra em larga escala.

A reconstrução é uma das prioridades do país que vai ver Portugal a reconstruir uma escola.

Portugal vai também continuar a trabalhar na integração de alunos refugiados nas escolas nacionais.