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Análise

EUA e as duas guerras: dos esforços de Blinken à intervenção de Trump

Antony Blinken está a visitar vários países no Médio Oriente, para tentar influenciar Israel sobre a guerra em Gaza. Nos EUA, continua o impasse em relação aos apoios à Ucrânia, com Trump a pressionar os republicanos.

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O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) chegou esta segunda-feira ao Médio Oriente, numa visita que ainda vai passar pelo Qatar e termina com paragens na Cisjordânia e Israel. Antony Blinken pretende evitar a escalada do conflito e ajudar a negociar um novo acordo que permita a libertação de reféns e o reforço do apoio humanitário a Gaza.

“Diz-se que Netanyahu [primeiro-ministro israelita] vai rejeitar as exigências do Hamas, que quer um cessar fogo permanente. Mas Binken vai mostrar que tem uma coligação nos países da região que vai aumentar a pressão sob Netanyahu para aceitar algum tipo de pausa”, explica Germano Almeida.

O comentador SIC realça que o chefe de Governo de Israel vai primeiro "reforçar os laços junto dos países árabes", de modo a “apresentar no fim um caderno de exigências” a Israel.

Apoio dos EUA à Ucrânia: Há esperança?

O senado norte-americano chegou no domingo a um acordo entre democratas e republicanos para desbloquear novos fundos para a Ucrânia, ao mesmo tempo que reforça a política de imigração dos EUA.

No entanto, a aprovação do texto está no entanto longe de estar garantida. Germano Almeida não tem “muitas esperanças” nessa matéria.

“Há uma clara separação entre a posição do senado e a câmara dos representantes. No senado, há maior tendência para aceitar um acordo para a Ucrânia. Se sair do senado, tem de ir para a câmara e o problema está aí. Há uma maioria republicana com um líder que está muito articulado com os interesses da campanha eleitoral de Trump - que está a pressionar os republicanos para rejeitar qualquer tipo de acordo”.

O pacote, de 118 mil milhões de dólares, combina a política de reforço de fronteiras e a ajuda em tempo de guerra para a Ucrânia, Israel e outros aliados dos Estados Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já disse apoiar firmemente o acordo e apelou à sua rápida adoção.