O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) chegou esta segunda-feira ao Médio Oriente. Antony Blinken pretende evitar a escalada do conflito e ajudar a negociar um novo acordo que permita a libertação de reféns e o reforço do apoio humanitário a Gaza.
A quinta visita de Antony Blinken ao Médio Oriente desde 7 de Outubro começou em Riad, na Arábia Saudita.
A deslocação do secretário de Estado norte-americano acontece num momento crítico para a região, com a guerra entre Israel e o Hamas a provocar cada vez mais danos colaterais e a despertar tensões latentes.
Apesar de horas antes do início da viagem Washington ter bombardeado o Iémen, um dos objetivos do périplo diplomático é evitar que o conflito alastre. O outro propósito é tentar impulsionar as conversações, mediadas pelo Qatar e pelo Egipto, com vista à libertação dos reféns.
Washington diz que o reforço do apoio humanitário a Gaza é também uma prioridade desta visita, numa altura em que as condições de sobrevivência no território se degradam.
“Em vez de ajudar com rockets e bombardeamentos, devia ver o quanto as pessoas lutam”
“Apelamos ao Presidente do Estados Unidos que ajude o povo de Gaza. Ele pode ver qual é a situação aqui em Gaza, e como as crianças estão sem comida nem água”, ouve-se num dos apelos de uma cidadã palestiniana deslocada de Gaza, Ayesha Abu Al-Khair.
Quatro meses e 27 mil mortes depois, com 90 por cento da população deslocada, a ofensiva israelita estende-se cada vez mais para o sul e ameaça Rafah, onde a esmagadora maioria dos deslocados se concentrou em busca de segurança.
“Em vez de ajudar Israel com rockets e bombardeamentos, devia ver o quanto as pessoas lutam para ter um prato de comida ou um pedaço de pão”, acrescenta Ayesha Abu Al-Khair.