Depois das críticas de Washington, em relação a uma eventual ofensiva terrestre em Rafah no sul de Gaza, o primeiro-ministro de Israel diz ter pedido às Forças Armadas um plano de evacuação da área, onde se encontram mais de um milhão de deslocados a ONU continua a apelar a um cessar-fogo.
Benjamin Netanyahu confirma a intenção de estender a ofensiva terrestre a todo o território palestiniano e diz ter pedido às Forças Armadas um plano para retirar a população.
A questão que se coloca, é para onde poderia ir mais de metade da população de Gaza, se todo o restante território está ou destruído ou ainda com combates em curso.
“Metade da população de Gaza está agora aglomerada em Rafah. Não tem para onde ir. Não tem casa e não tem esperança. As pessoas vivem em abrigos improvisados sobrelotados, em condições insalubres, sem água corrente, sem eletricidade e sem acesso adequado a alimentos”, afirma o secretário geral da ONU, António Guterres.
Nos últimos quatro meses, a guerra e a fome empurraram mais de um milhão de pessoas para Rafah.
A esmagadora maioria sobrevive nesta cidade de tendas, onde há cada vez menos espaço e condições mais precárias.
No desespero de encontrar um lugar seguro, há quem tenha procurado refúgio nos cemitérios da cidade ou em antigos abrigos para animais, como esta família de 27 pessoas que vivia na cidade de Gaza e que agora dorme num galinheiro.