O Hamas diz que Israel matou quase 70 pessoas em Rafah só na última noite. A operação permitiu o resgate de dois reféns do Hamas que já foram entregues às famílias num reencontro emocionado.
De acordo com o exército israelita, os dois homens foram retirados de um apartamento em Rafah onde estavam presos.
A operação foi lançada ao início da madrugada e envolveu inúmeros ataques aéreos que provocaram graves danos colaterais, como é o caso de Mai Al-Najjar, uma criança que perdeu o pai durante a recente onda de ataques:
"O meu pai foi um mártir. Enquanto estava no carro, dizia constantemente: 'Sou testemunha de que existe um só Deus' e morreu."
O Hamas já disse que os ataques são uma continuação da "guerra genocida" de Israel. Os ataques atingiram dezenas de habitações e, pelo menos, duas mesquitas.
A par do Reino Unido, Egito, Austrália ou Nova Zelândia a União Europeia diz estar "muito preocupada" com ofensiva em larga escala que Israel se prepara para lançar em Rafah. Na cidade mais a sul da Faixa de Gaza estão encurralados quase dois milhões de palestinianos.
O mesmo apelo deverá ser feito esta segunda-feira pelo Rei da Jordânia que reúne em Washington com Joe Biden. É o primeiro encontro entre os dois aliados desde a morte de três soldados norte-americanos num ataque aéreo perto da Síria, que os EUA garantem ter sido patrocinado pelo Irão.