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"Este julgamento é injusto": dissidente russo Oleg Orlov recusa-se a testemunhar em tribunal

Membro veterano da organização não-governamental Memorial, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2022 e dissolvida por ordem judicial, Oleg Orlov, 70 anos, pode ser condenado a até cinco anos de prisão pelas repetidas denúncias do ataque à Ucrânia.

"Este julgamento é injusto": dissidente russo Oleg Orlov recusa-se a testemunhar em tribunal
Alexander Zemlianichenko

O dissidente russo Oleg Orlov, que começou a ser julgado esta sexta-feira por ter denunciado repetidamente a guerra contra a Ucrânia, recusou-se a falar na primeira audiência, denunciando um julgamento injusto, noticiou a agência francesa AFP.

"Recuso-me a testemunhar. Reservo-me apenas o direito de fazer observações no final, porque considero que este julgamento é injusto", disse Orlov.

"Não reconheço a minha culpa. Não compreendo como é que uma pessoa pode ser perseguida por exprimir uma opinião", insistiu perante o tribunal que julga o caso em Moscovo.

Membro veterano da organização não-governamental Memorial, vencedora do Prémio Nobel da Paz em 2022 e dissolvida por ordem judicial, Oleg Orlov, 70 anos, pode ser condenado a até cinco anos de prisão pelas repetidas denúncias do ataque à Ucrânia.

Após um primeiro julgamento em 2023, Orlov foi considerado culpado por desacreditar o Exército russo e condenado a uma multa.