Mundo

Torre Eiffel fechada durante dois dias devido a greve dos funcionários

O encerramento é o segundo em dois meses devido a greves. Na entrada, foi afixado um cartaz em inglês. Os turistas foram também avisados das perturbações em várias línguas no portal da Internet da Torre Eiffel.

Torre Eiffel fechada durante dois dias devido a greve dos funcionários
Chalermkiat Seedokmai

Os visitantes da Torre Eiffel, em Paris, França, foram esta segunda-feira impedidos de entrar no icónico monumento parisiense devido a uma greve dos funcionários, que se prolonga até terça-feira, alegando má gestão financeira na liderança de um dos locais mais visitados do mundo.

Na entrada, foi afixado um cartaz em inglês que dizia: "Devido a uma greve, a Torre Eiffel está fechada. Pedimos desculpa".

O popular ponto de referência, de 330 metros e no centro de Paris, tem vindo a registar um aumento do número de visitantes no período que antecede os Jogos Olímpicos de verão na capital francesa.

Os turistas que planeavam visitar esta segunda-feira a Torre Eiffel foram avisados das perturbações em várias línguas no próprio portal do monumento na Internet, tendo sido aconselhados a adiar a deslocação.

"Estamos um pouco desiludidos, mas compreendemos que as pessoas merecem um salário justo e condições de trabalho adequadas", declarou Marisa Solis, uma turista norte-americana, de visita a Paris vinda de Nova Iorque.

Outra greve

A Torre Eiffel está normalmente aberta 365 dias por ano. O encerramento de segunda-feira é o segundo em dois meses devido a greves.

Em dezembro, a Torre Eiffel esteve encerrada aos visitantes durante um dia inteiro durante as festas de Natal e de Ano Novo devido a uma greve por causa de negociações contratuais.

Stephane Dieu, do sindicato CGT, que representa um grande número de funcionários da Torre Eiffel, disse que a greve de tem como objetivo um aumento salarial proporcional às receitas provenientes da venda de bilhetes e uma melhor manutenção do monumento, que é propriedade do município de Paris.

Os dirigentes sindicais criticaram o modelo de negócio do operador da Torre Eiffel, afirmando que este se baseia numa estimativa inflacionada do número de visitantes futuros, das despesas de manutenção e da remuneração do trabalho dos empregados.

"Estão a dar prioridade aos benefícios a curto prazo em detrimento da conservação a longo prazo do monumento e do bem-estar da empresa para a qual trabalhamos", disse Dieu em declarações à agência noticiosa Associated Press (AP), no piquete de greve junto à Torre Eiffel.