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Hora de cessar-fogo em Gaza? Qatar não está otimista como Biden

Há semanas que Hamas e Israel negoceiam em Paris e no Qatar, até agora sem sucesso. Perto dos 150 dias de guerra, a Faixa de Gaza continua a ser atacada diariamente em todo o território.

Rafah, Faixa de Gaza
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Joe Biden está convencido de que é possível chegar a um acordo entre Israel e o Hamas já na próxima segunda feira, mas o Qatar, o principal mediador, não partilha o otimismo do presidente norte-americano.

Há semanas que Hamas e Israel negoceiam em Paris e no Qatar, até agora sem sucesso. No intervalo da gravação de um programa de televisão em Nova Iorque, Joe Biden referiu resultados para breve.

"Estamos perto. A minha esperança é que na próxima segunda-feira tenhamos um cessar-fogo", afirmou o presidente norte-americano.

Menos otimista está o principal negociador, o Qatar. Majed Al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Qatar, fala numa negociação com “trajetória positiva pelo simples facto de as reuniões estarem a acontecer”, mas que ainda não resultou num “acordo final”.

"Esperamos poder anunciar uma pausa antes do início do Ramadão".

Gaza continua sob ataque contínuo

Pelo menos oito pessoas terão perdido a vida no mais recente ataque a Rafah, que está sob a ameaça de um ataque final de Israel, até ao início do Ramadão a 10 de março.

Os ataques prosseguem em todo o território. No norte, onde a situação está tão volátil que as agencias internacionais têm dificuldade em prestar assistência, a ajuda da Jordânia ou dos Emirados Árabes Unidos foi enviada pelo ar.

No entanto, a situação de carência é total, como a fome, subnutrição, ausência de resposta dos hospitais e bombardeamentos constantes.

O Hamas insiste que apenas liberta os mais de uma centena de reféns capturados há quase cinco meses se Israel terminar os ataques na Faixa de Gaza; Telavive apenas tem considerado a possibilidade de tréguas temporárias e diz que a guerra só acaba com a erradicação total do grupo islâmico.