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“Um num milhão”: capturado em vídeo momento “extremamente raro” em que um alce perde os dois chifres

Um canadiano filmou o raro momento em que um alce perde os dois chifres. Após tantos anos em busca de chifres caídos pelas florestas do Canadá, Derek Burgoyne descreveu este momento como “sorte grande”.

“Um num milhão”: capturado em vídeo momento “extremamente raro” em que um alce perde os dois chifres
Paul A. Souders

Durante a maior parte de sua vida, Derek Burgoyne foi um “caçador de tesouros”, vasculhando em pântanos, florestas e campos do leste do Canadá à procura do seu valioso troféu: chifres de alce caídos. Como que num golpe de sorte, Derek conseguiu capturar em vídeo algo que nunca esperou ser possível.

Os alces são mamíferos da mesma família dos veados, os cervídeos, e costumam ser encontrados em regiões circumpolares. O macho adulto caracteriza-se por ter grandes e espalmados chifres, que perdem apenas uma vez por ano, após o acasalamento, e apenas cai um de cada vez.

Dizem os entendidos em alces que o fenómeno de perda dos chifres raramente acontece com ambas as partes em simultâneo. Mas, mais raro ainda, parece ser a captura desse inusitado momento em vídeo.

O vídeo foi partilhado na sua conta de Youtube em janeiro de 2023, mas ultimamente este achado voltou a ser repartilhado nas redes sociais em larga escala.

“Já vi chifres e abrigos de alces antes, mas isto foi de outro nível. É como uma lotaria quando se trata de fotografia da vida selvagem. Não existe nada melhor”, explicou o caçador de abrigos ao jornal britânico The Guardian.

Burgoyne estava num terreno remoto de New Brunswick, uma das três províncias marítimas canadianas, a examinar madeiras e troncos de bétulas com a ajuda de um drone, quando avistou formas escuras contra a paisagem branca: três alces, aninhados numa clareira.

Os animais começaram a mexer-se quando o drone zumbiu acima. Burgoyne orientou-se para seguir um dos animais, ainda com um conjunto completo de chifres.

Antes de fugir, o alce começou a balançar a sua forma corpulenta, sacudindo a neve que estava agarrada aos seus pelos. À medida que seu torso ondulava, a força do tremor soltou os seus enormes chifres – um momento “extremamente raro e emocionante” que Burgoyne capturou em vídeo.

Chifres espalhados pelo chão da floresta são comumente avistados quando a neve diminui, mas imagens do momento da queda são raras.

“Eu gosto de estar na floresta. É um exercício divertido acompanhar os alces durante o inverno e procurar seus chifres na primavera. Cada chifre que se encontra parece o primeiro”, disse admitindo que sua coleção já está a ultrapassar rapidamente o espaço disponível que tem em casa.