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Sem água potável e com epidemias, a situação é "catastrófica" em Gaza

A linha que separa a vida da morte em Gaza é extremamente ténue. Os cuidados de saúde estão cada vez mais frágeis e os médicos falam mesmo em "catástrofe". A reportagem é da Sky News, parceira da SIC.

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Os cuidados de saúde em Gaza deterioraram-se drasticamente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Os médicos relatam uma situação "catastrófica". A reportagem é da Sky News, parceira da SIC.

Dentro das clínicas de Iona, visitadas pela Sky News, veem surgir vida nova. Porém, lá fora, a morte rodeia-os.

É apenas a dedicação profissional à medicina e o sentido de dever para com os seus compatriotas de Gaza que fazem Okashah, pediatra do norte de Gaza, continuar. O seu consultório é agora uma tenda, uma clínica de rua, num campo de refugiados.

"A situação no campo é praticamente catastrófica. A comida não é limpa, as pessoas bebem água salgada porque não há água potável, os vírus e bactérias espalham-se de forma alarmante entre as crianças devido à sua fraca imunidade e porque há pelo menos sete a oito crianças em cada tenda. Há epidemias, como a hepatite A, que está agora disseminada nos campos", explica o médico.

Cerca de 70 a 80% das crianças com menos de 12 anos estão infetadas com este vírus, a hepatite epidémica.

Ali Jahjouh era professor universitário, com um bom emprego e um salário decente, mas agora, como muitos habitantes de Gaza, está deslocado e a dormir na rua com a família.

Mais de 20 mil bebés nasceram em Gaza desde o início da guerra. As condições não são adequadas para as mulheres durante a gravidez ou depois do parto, que não têm água potável nem casas de banho limpas.

A linha que separa a vida da morte em Gaza é extremamente ténue.