O presidente russo Vladimir Putin, venceu, este domingo, as eleições presidenciais com 87,8% dos votos, revelou uma sondagem à boca das urnas do Centro de Pesquisa de Opinião Pública da Rússia, de acordo com a Reuters.
A margem de vitória do presidente russo foi a mais elevada de sempre, superando os 76,7% dos votos alcançados nas eleições de 2018.
Um recorde para Putin
De acordo com a Comissão Eleitoral Central da Rússia, o presidente russo obteve este resultado após a contagem de 24% dos votos nas assembleias de voto.
Um recorde para Vladimir Putin, que sempre alcançou entre 64 e 68% dos votos em eleições anteriores.
O Kremlin já tinha insistido para que o povo russo estivesse "unido" no apoio ao seu líder, apontando a guerra na Ucrânia como a razão de o Ocidente querer destruir a Rússia.
Putin concorre nas presidenciais, que começaram na sexta-feira e terminam hoje, ao seu quinto mandato como chefe de Estado da Rússia.
A eleição deverá mantê-lo no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020.
Quem foi o segundo mais votado?
O segundo candidato mais votado foi o comunista Nikolai Kharitonov, com 4% dos votos, seguido do representante do partido Novo Povo, Vladislav Davankov, com 3,86%. O último candidato é o ultranacionalista Leonid Slutski, com 3% dos votos.
A oposição ao Kremlin não pôde concorrer às eleições, uma vez que a comissão eleitoral não registou os seus candidatos por várias razões técnicas ou questões formais, devido ao seu apoio à paz na Ucrânia.
A CEC, que não convidou observadores ocidentais, negou hoje a existência de irregularidades graves, embora peritos independentes e a imprensa do exílio tenham denunciado vários casos de manipulação eleitoral.
O antigo Presidente russo Dmitry Medvedev já saudou a "vitória retumbante" de Vladimir Putin, enquanto a televisão estatal sublinhou o "apoio colossal" ao líder do Kremlin.
"Felicito Vladimir Putin pela sua vitória retumbante", escreveu Medvedev, número dois do Conselho de Segurança russo e que ocupou a Presidência de 2008 a 2012, com Vladimir Putin como primeiro-ministro.
As eleições têm sido marcadas por ataques de drones e incursões na fronteira ucraniana, que causaram várias mortes e levaram Putin a acusar Kiev de tentar torpedear a sua reeleição.
- Com Lusa