Este sábado foi um dia de muita tensão em Gaza com um incidente grave durante a distribuição de alimentos. Pelo menos cinco pessoas morreram e 30 ficaram feridas ao serem atropeladas e atingidas por tiros. Alerta-se para a violência das imagens.
Testemunhas afirmam que três pessoas foram mortalmente baleadas quando elementos dos comités que fiscalizam a distribuição de ajuda dispararam para o ar, ferindo ainda várias outras. Há quem aponte o dedo a soldados israelitas, posicionados em carros de combate, a poucos metros.
Durante a fuga caótica, camiões envolvidos na entrega, oriunda do Koweit, terão também atropelado dezenas de pessoas que aguardavam por alimentos, nos arredores da cidade de Gaza.
A situação é descrita como catastrófica, com gangues armados a roubar quem luta contra a morte pela fome.
Diversos países tentam mitigar a crise humanitária, mas todo o auxílio que chega ao território é controlado por Israel, e apesar da ordem do tribunal Internacional de Justiça para que abrisse mais passagens terrestres, o governo de Netanyahu permanece desafiador.
Permitiu, no entanto, um corredor marítimo e a caminho, a par de 400 toneladas de alimentos, grande parte prontos para consumir, um conjunto de navios do Chipre transportam empilhadoras, um guindaste e uma plataforma para descarregamento futuro de mantimentos.
A entrega por ar, com recurso a paraquedas já fez vítimas, mas os procedimentos estarão a ser melhorados.
Se por um lado tentam aliviar o sofrimento dos palestinianos, os Estados Unidos carregam o fardo de fornecer a Telavive os aviões, armas e munições que não deixam ficar pedra sobre pedra em Gaza.
A autorização de uma nova transferência de armamento para Israel, no valor de 2.500 milhões de dólares, colide com os discursos e apelos de Washington de respeito pela vida dos civis palestinianos.