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"Sentimo-nos presos": povo israelita está habituado a viver sob ameaça mas há algo novo no ar

Os acontecimentos de 7 de outubro ainda são cruéis, mas o ataque iraniano na noite de sábado aumentou a sensação de vulnerabilidade. O relato é do correspondente da Sky News, a televisão parceira internacional da SIC.

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As escolas e universidades de Jerusalém ficaram esta segunda-feira fechadas. Nas ruas ainda há muitas pessoas nervosas, o maior receio é o que poderá acontecer depois da resposta de Israel ao ataque do Irão.

Os acontecimentos de 7 de outubro ainda são cruéis, mas o ataque na noite do último sábado aumentou a sensação de vulnerabilidade.

Para muitos israelitas este é um momento crucial: as pessoas tentam fazer o dia a dia normalmente, mas esta é a primeira vez na história que a nação é atacada diretamente pelo Irão.

Israelitas sentem-se presos

“O povo israelita sente-se preso ao que está acontecer. Acordámos as crianças às duas da manhã, corremos para fora porque não havia um abrigo antiaéreo em casa", conta Nelly Hayat, que estava com amigos na principal rua de comércio da cidade.

Os israelitas esperavam alguma coisa, existiram vários avisos de segurança nos dias que antecederam o ataque, mas a dimensão chocou muitos e a atenção está agora focada na forma como Israel irá responder.

As próximas 48 horas serão cruciais, mas o Estado judeu está à beira de entrar em guerra com uma grande potência regional. Os israelitas estão habituados a viver sob ameaça, mas isto é algo novo e estes dias têm sido difíceis.