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Tensão no Médio Oriente: Conselho de Segurança da ONU terminou sem consenso

Israel avisa que depois do ataque do Irão as tropas de Benjamin Netanyahu têm o direito de responder. Os restantes países pedem o fim dos ataques para evitar a escalada do conflito.

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocado por Israel depois do ataque iraniano, acabou sem consenso e foi marcado por alguma tensão.

No discurso que abriu a reunião o secretário-geral da ONU, apelou à contenção máxima dos envolvidos e ao respeito pela carta das Nações Unidas.

António Guterres afirmou que o Médio Oriente está “à beira de um abismo” e pediu que os países envolvidos no conflito deem um “passo para trás” , uma vez que é impossível “suportar uma nova guerra”.

Durante a reunião, o embaixador israelita avisou que as tropas de Benjamin Netanyahu têm o direito de responder ao ataque.

“Este ataque ultrapassou todas as linhas vermelhas e Israel tem o direito legal de retaliar”, garantiu Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU.

"Chega de lhe estenderem a passadeira vermelho aqui na ONU. Acabou-se a conciliação. Condenem o Irão pelo seu terrorismo. Acionem o mecanismo snapback e voltem a impor sanções severas. Considerem o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista. É preciso agir agora", acrescentou.

Já os Estados Unidos apelaram ao fim dos ataques para evitar uma escalada do conflito.

“A melhor forma de evitar essa escalada é o Conselho condenar inequivocamente o ataque sem precedentes em grande escala do Irão e apelar ao Irão e aos seus aliados para evitar mais violência”, disse o vice-embaixador norte-americano, Robert Wood.

"Se o Irão ou os seus representantes tomarem medidas contra os Estados Unidos ou outras ações contra Israel, o Irão será responsabilizado", afirmou.

O embaixador do Irão nas Nações Unidas garantiu que o país vai responder a qualquer ofensiva norte americana.

“Estes países, especialmente os Estados Unidos, protegeram Israel de qualquer responsabilidade pelo massacre de Gaza. Ao mesmo tempo, negaram o direito do Irão à autodefesa contra o ataque armado israelita às nossas instalações diplomáticas”, disse Saed Iravani.

“Se os EUA iniciarem uma operação militar contra o Irão, os seus cidadãos ou a sua segurança e interesses, o Irão usará o seu direito inerente de responder proporcionalmente”, garantiu.