Depois do ataque ao Irão, Israel voltou a negar, este sábado, outras explosões no Iraque, das quais resultou um morto e oito feridos. O alvo foi um grupo xiita iraquiano apoiado por Teerão e que matou soldados norte-americanos na Jordânia.
As explosões foram registadas e divulgadas nas redes sociais por populares que moram nas imediações de Calso.
A 60 quilómetros a sul da capital do Iraque, o antigo quartel norte-americano alberga as Forças de Mobilização Popular, pró-iranianas.
As milícias xiitas apoiadas pelo Irão mataram três soldados, em janeiro passado, com um drone explosivo lançado contra uma base dos Estados Unidos na Jordânia.
Nas instalações atingidas mais recentemente, um militar divulgou outro vídeo deste ataque, que provocou pelo menos um morto e oito feridos. À hora que aconteceu, diz o Governo de Bagdade, não havia aviões de combate nem drones no espaço aéreo.
EUA negam envolvimento
Washington negou já qualquer envolvimento nas explosões desta madrugada em solo iraquiano, que aconteceram um dia depois de outro ataque não reivindicado no vizinho Irão.
Este sábado, e com a análise de imagens de satélite e com fontes militares dos serviços de informações, o New York Times aponta o dedo a Israel. Diz que a operação foi precisa e teve como alvo um sistema de defesa aérea S-300 de fabrico russo.
Em entrevista ao canal NBC, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros responde que ainda é cedo para conclusões. Considera como brinquedos os drones usados em Isfahan e em Tabriz, duas áreas militares de importância estratégica para o país.
Mas deixa o aviso: a resposta será rápida e severa se forem atingidos os interesses de Teerão.
Há uma semana, o Irão lançou uma vaga de drones e mísseis- quase todos intercetados - contra território israelita.
Foram a retaliação pelo bombardeamento do consulado de Teerão em Damasco. Morreram comandantes da Guarda Revolucionária envolvidos na formação militar de movimentos pró-iranianos na Síria e no Líbano.
De todo o mundo saíram apelos à contenção entre os dois países e contra uma escalada do conflito no Médio Oriente.