Aparecida Fagundes está entre as cerca de 6 mil pessoas que vivem abrigadas no ginásio da Universidade Luterana do Brasil. Aqui vai chegando de tudo um pouco: roupas, calçado e comida, bens essenciais para quem ficou sem nada de um momento para o outro.
Os vizinhos que não conhece estão ao lado, sem paredes a separá-los, mas estão unidos pela mesma história. A nova realidade ainda não está bem assimilada.
“Dizer que dormimos aqui tranquilos, não. Vou dormitando. Estou sob o efeito de remédios, calmantes para poder dormitar”, conta Aparecida Fagundes.
A vítima da tragédia relembra com dificuldade os momentos que viveu nos últimos tempos.
“Vem aquele filme na cabeça da gente. As pessoas a pedirem socorro, os helicópteros e resgatarem as pessoas. A cena era horrível. Foi o dia mais difícil das nossas vidas”.
Milhares de doações chegam de todo o Brasil
Por todo o Brasil, uma corrente mobiliza a sociedade civil para levar ajuda ao Rio Grande do Sul. São vários pontos de coleta de donativos.
A organização não governamental Ação da Cidadania, que há mais de 30 anos trabalha no combate a fome no Brasil, é um dos milhares pontos de arrecadação em todo o pais.