O ministro da Defesa israelita rejeita que a Faixa de Gaza venha a ser administrada por Israel. Yoav Gallant já o tinha afirmado há um mês mas o momento da declaração poderá revelar novas divisões no Governo de Netanyahu. Nas últimas horas, as tropas israelitas atacaram mais de 100 alvos em toda a Faixa de Gaza.
Os combates entre o exército israelita e militantes do Hamas, da Jihad Islâmica e de outras fações mais pequenas intensificaram-se nas últimas horas, no norte e no sul de Gaza.
Depois de terem ordenado a evacuação de partes de Rafah, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter intensificado as operações no leste da cidade. Muitos civis feridos nos bombardeamentos não têm acesso a cuidados que, nalguns casos, lhes salvariam a vida.
As Nações Unidas afirmam que 450 mil pessoas abandonaram Rafah desde o início da incursão terrestre mas cerca de um milhão de deslocados ainda estão retidos na cidade.
O Hamas, que Israel diz estar agora limitado a quatro batalhões, alega estar a infligir baixas pesadas ao inimigo e divulga imagens em que afirma atingir alvos israelitas.
Dezenas de milhares de civis fugiram do norte de Gaza desde que no sábado as IDF anunciaram o regresso, afirmando que o Hamas estava a reagrupar-se.
Esta quarta-feira, o Governo israelita pronunciou-se oficialmente contra a decisão das Nações Unidas de avançar com o reconhecimento de um estado palestiniano.
Alertado por Washington para os perigos que um vácuo de liderança em Gaza trará, se não houver um plano pós-guerra, Netanyahu afirma que é inútil até o Hamas ser erradicado.
De acordo com o Wall Street Journal, os Estados Unidos vão enviar 920 milhões de euros em armas para Israel. A Casa Branca tinha suspendido a entrega de um carregamento de 3500 bombas, por temer um banho de sangue sem um plano credível de Telavive para proteger os civis, na ofensiva a Rafah.