O ataque surpresa foi lançado, na última sexta-feira, mas garantiu à Rússia o maior avanço do último ano e meio de guerra. Em menos de uma semana, as tropas de Moscovo conquistaram quase 300 quilómetros quadrados de território, uma área três vezes superior à cidade de Lisboa.
"Na região de Kharkiv, nas zonas próximas da fronteira como a cidade de Vovchansk, as nossas ações defensivas continuam", revelou Volodymyr Zelensky.
Nas últimas horas, Zelensky deslocou-se à nova linha da frente para avaliar a situação. Junto do comando militar, o Presidente ucraniano falou num contexto "extremamente difícil", mas garantiu que a a ofensiva russa está sob controlo.
O ataque transfronteiriço lançado a partir da região russa de Belgorod obrigou as forças ucranianas a recuar em direção a sul e o chefe de Estado a cancelar todas as viagens ao estrangeiro, entre elas a Lisboa e Madrid.
No twitter, Zelensky disse ter explicado a Luís Montenegro que a mudança de planos foi motivada pela mais recente incursão russa. Agradeceu, ainda, a confirmação da presença de Portugal na Cimeira de Paz que deverá acontecer dentro de um mês na Suíça.
O assalto relâmpago de Moscovo está a levantar sérias dúvidas sobre a capacidade de resposta do exército da Ucrânia e já motivou a demissão do homem que comandava as operações no nordeste do país. Há relatos de que em pelo menos algumas áreas os militares russos cruzaram a fronteira sem encontrarem uma única linha de defesa.