A cidade de Kharkiv, contra a qual as forças russas começaram uma nova ofensiva a 10 de maio, fica a 40 quilómetros da Rússia. É a segunda maior cidade do país, onde moram 1,3 milhões de pessoas e nos últimos meses, tem sido atacada praticamente todos os dias por mísseis e drones russos.
Imponente. É a palavra que surge quando se anda no interior deste edifício. Mesmo abandonado e com claros sinais de um acontecimento trágico, o espaço impressiona.
Trabalhavam funcionários da Administração Estatal Regional de Kharkiv. O centro da tomada de decisão relativa a 76 povoações, até que dois mísseis russos atingiram o local.
O ataque deu-se seis dias depois do início da invasão. O espaço estava a ser usado não só pelos trabalhadores estatais como por dezenas de voluntários que organizavam apoio humanitário.
Naquele dia morreram pelo menos 29 pessoas. Os bombeiros demoraram semanas a retirar corpos debaixo dos escombros.
Agora, o edifício, construído na década de 1950, é apenas um monumento histórico. A estrutura foi considerada irrecuperável.
Desde essa altura, a cidade foi bombardeada vezes sem conta. E este ano uma das estratégias usadas por Moscovo é a do duplo ataque. Depois de um primeiro com drone, lançam um míssil.
A 4 de abril, três bombeiros morreram num bombardeamento, quando vieram socorrer um homem gravemente ferido num ataque com um shahed. Os estragos são muitos, ainda assim, disseram-nos que uma senhora de 76 anos se recusava a sair daqui.