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Rússia reivindica controlo de localidade que Kiev tinha reconquistado

Klishchiivka tinha sido recuperada pelo exército ucraniano, no verão passado. Agora volta a estar em mãos russas.

Rússia reivindica controlo de localidade que Kiev tinha reconquistado
Sofiia Gatilova/Reuters

A Rússia reivindicou, esta quarta-feira, a tomada de Klishchiivka, no leste da Ucrânia, um dos poucos locais que o exército ucraniano recapturou durante a contraofensiva que realizou com pouco sucesso no verão de 2023. 

As forças ucranianas estão na defensiva desde o fracasso da contraofensiva e têm falta de soldados e armas, uma situação agravada pelos repetidos atrasos na ajuda militar prometida pelo Ocidente, incluindo dos Estados Unidos. 

"As unidades do Grupo Sul, após operações ativas, libertaram a localidade de Klishchiivka", declarou o Ministério da Defesa russo, citado pela agência francesa AFP. 

A localidade de Klishchiivka, na região de Donetsk, situa-se a cerca de cinco quilómetros a sul de Bakhmut, uma cidade destruída pelos combates conquistada pela Rússia em maio de 2023, após uma batalha de 10 meses. 

Kiev anunciou a reconquista de Klishchiivka em setembro de 2023, durante a contraofensiva para romper a linha da frente a leste e a sul, com a ajuda de armas ocidentais, mas que foi repelida pelas defesas russas. 

Ofensiva russa avança 

As tropas russas recuperaram a iniciativa e têm estado a avançar lentamente na frente oriental, onde obtiveram sucessos táticos e tomaram uma série de cidades, incluindo a cidade-fortaleza de Avdiivka, em fevereiro. 

Em 15 de maio, Moscovo afirmou também ter recapturado Robotine, no sul, uma cidade completamente destruída e simbólica por ter sido também uma das poucas a voltar ao controlo ucraniano durante a contraofensiva. 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira à noite que os combates mais duros estavam a ocorrer principalmente na região de Donetsk. 

Desde 10 de maio, o enfraquecido exército ucraniano teve também de enfrentar uma ofensiva russa na região de Kharkiv (nordeste), para a qual teve de enviar reforços. 

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na semana passada que a ofensiva em Kharkiv visava criar uma "zona tampão" no território ucraniano para pôr fim aos ataques às zonas fronteiriças russas.