O Presidente da Ucrânia aterrou na manhã desta segunda-feira em Madrid para cumprir a visita oficial a Espanha. O país vai entregar a Kiev mais de 1.000 milhões de euros em ajuda militar. É o maior pacote de ajuda de sempre de Espanha a um país aliado.
Zelensky aterrou às 11h50 locais, eram 10h50 em Lisboa, no aeroporto de Madrid, onde foi recebido pelo rei Filipe VI.
O chefe Estado ucraniano seguiu para o Palácio da Moncloa, onde esteve reunido com o líder do Governo espanhol, Pedro Sánchez, para assinar um acordo bilateral de segurança entre a Espanha e a Ucrânia, à semelhança do que aconteceu durante a visita ao Reino Unido, Itália e França.
"É uma honra especial para a Ucrânia e para os ucranianos que, após a minha chegada a Espanha, Sua Majestade o Rei Felipe VI tenha recebido pessoalmente a nossa delegação", escreveu Zelensky na sua conta na rede social X.
Segundo o El País, Espanha vai assumir o compromisso de enviar 12 mísseis Patriot e 19 tanques Leopard para a Ucrânia, além de munições, anti-drones e outros equipamentos militares.
O valor do pacote de apoio militar foi aprovado no mês passado pelo Governo - 1.129 milhões de euros, um valor sem precedentes na ajuda militar espanhola a qualquer país.
O jornal acrescenta que o acordo envolve contratos de milhões de euros para a indústria de Defesa de Espanha, uma vez que o equipamento militar será fabricado por empresas nacionais como a TRC, Indra, Escribano, Uro, Expal e Instalaza.
Felipe VI receberá Zelensky no Palácio Real às 14h00 (13h00 em Lisboa) e 45 minutos mais tarde terá lugar um almoço em sua honra.
Esta é a primeira visita bilateral oficial de Zelensky a Espanha, embora já tenha estado em Granada em outubro passado para a cimeira da Comunidade Política Europeia, no âmbito da Presidência espanhola do Conselho da UE.
Próxima paragem: Portugal
Depois de Espanha, Zelensky prossegue viagem para Portugal, onde chega terça-feira à tarde.
Inicialmente, a visita de Zelensky estava prevista para meados de maio, mas foi cancelada. Na época, o gabinete presidencial justificou a decisão com a situação no terreno, já que as forças russas tinham lançado uma nova ofensiva contra a região de Kharkiv, no nordeste do país, no dia 10 de maio.
O convite para a visita foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa em agosto do ano passado, durante a visita do Presidente português à Ucrânia.
[Última atualização às 13:50]