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Israel culpa Hamas pelo incêndio em Rafah e pede novas negociações para troca de reféns

Ao bombardeamento israelita seguiu-se um incêndio, que deixou dezenas de pessoas carbonizadas. Agora, Israel defende que as munições israelitas nunca poderiam ter causado o incêndio devastador.

Israel culpa Hamas pelo incêndio em Rafah e pede novas negociações para troca de reféns
Anadolu

Israel diz que o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi causado pela explosão de munições do Hamas e pede novas negociações para troca de reféns e "calma sustentável" em Gaza.

O porta-voz do exército israelita diz que as munições do Hamas estavam armazenadas num paiol próximo do local bombardeado no domingo à noite.

Ao bombardeamento israelita seguiu-se um incêndio, que deixou dezenas de pessoas carbonizadas. Agora, Israel defende que as munições israelitas nunca poderiam ter causado o incêndio devastador.

Os alvos do bombardeamento seriam, alegadamente, dois responsáveis do Hamas.

O ataque gerou indignação internacional. Israel diz que se tratou de um "trágico acidente".

Novas negociações para a libertação de reféns?

Israel propôs esta terça-feira a mediadores do Egito e do Qatar retomar as negociações para acordar a troca de reféns e discutir a demanda do Hamas por uma "calma sustentável" em Gaza.

A informação está a ser avançada pela agência de notícias espanhola EFE com base numa fonte de segurança egípcia. Segundo a fonte, a nova proposta israelita inclui a vontade de discutir a exigência do Movimento de Resistência Islâmica Hamas de chegar a uma "calma sustentável" no enclave palestiniano.

Já o grupo palestiniano tem defendido que essa calma só será possível com a cessação total dos ataques e um cessar-fogo permanente.

A nova proposta israelita inclui "uma vontade de discutir a exigência do Hamas de uma 'calma sustentável' na Faixa de Gaza", bem como uma "vontade de ser flexível" quanto ao número de detidos a libertar na primeira fase humanitária do acordo.

A fonte sublinhou que se trata de "uma proposta escrita e oficialmente atualizada", que contém "bons pormenores sobre os princípios gerais" para se chegar a um possível acordo de libertação dos detidos em Gaza e que pode conduzir inicialmente a um cessar-fogo temporário para explorar uma "calma sustentável" numa fase posterior.

A mesma fonte acrescentou ainda que as conversações deverão ser retomadas na próxima semana em Doha, capital do Qatar. Já uma fonte do Hamas reiterou que "não há negociações se estas não incluírem a cessação total da agressão, a retirada do (exército israelita) da passagem de Rafah e a reintegração da sua anterior administração".


Com LUSA