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EUA interrompem entrega de ajuda por via marítima a Gaza após danos em cais temporário

Os EUA construíram um cais provisório, que foi inaugurado este mês, na costa da Faixa de Gaza, para facilitar a entrega de ajuda humanitária aos habitantes do enclave palestiniano. Apesar de ser uma construção recente, já foi palco de vários incidentes.

Navios entregam ajuda humanitária no cais temporário.
Navios entregam ajuda humanitária no cais temporário.
NurPhoto

Os Estados Unidos da América (EUA) interromperam temporariamente o envio de ajuda humanitária por via marítima depois de o cais temporário construído em Gaza ter sofrido danos devido à agitação marítima.

A notícia, avançada inicialmente pela CBS News e mais tarde confirmada por Washington D.C., dá conta de que o cais construído pelos EUA no início do presente mês sofreu danos, pelo que ficará, pelo menos, uma semana inoperacional.

De acordo com a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, os engenheiros do exército norte-americano já estão a trabalhar para resolver o problema.

"Quando a reparação e a reconstrução do cais estiverem concluídas, o objetivo é voltar a ancorar o cais temporário na costa de Gaza e retomar a entrega de ajuda humanitária às pessoas que dela mais necessitam", disse a porta-voz, citada pela agência France-Presse.
Cais temporário construído pelos EUA,
Handout

Apesar de o cais estar em funcionamento há menos de um mês, este não foi o primeiro incidente registado no local. Durante o passado fim de semana, quatro embarcações militares de pequenas dimensões dos EUA envolvidas na entrega de ajuda militar soltaram-se das amarras devido às más condições meteorológicas, escreve a CBS News, que cita o Comando Central dos EUA.

Para além disso, um membro da equipa norte-americana que trabalha no cais temporário encontra-se em estado crítico num hospital de Israel após ter sofrido ferimentos não relacionados com combate militar. Dois militares também sofreram ferimentos ligeiros.

O cais foi construído para fazer chegar ajuda humanitária por via marítima a Gaza, permitindo, se estiver a funcionar na plenitude das suas capacidades, a descarga de material correspondente a mais de 150 camiões por dia, de acordo com o Pentágono.