A presença de Joe Biden na cimeira do G7 está a dar que falar. Tudo por causa de um vídeo em que se afasta dos outros presidentes e parece deambular. Na verdade, contudo, não terá sido isso que aconteceu.
De olhos no céu, os chefes de Estado dos países mais ricos do mundo assistiam à cerimónia de encerramento do primeiro dia do G7. Um a um, paraquedistas da Força Aérea Italiana lançaram-se a grande altitude com as bandeiras dos países participantes, e também com a da organização da cimeira, que decorre em Itália até este sábado.
O vídeo que está a dar que falar foi gravado no final da cerimónia, depois dos aplausos dos presidentes. Ainda o último paraquedista a fazer a aterragem se recompunha do salto e os chefes de Estado já eram chamados para a fotografia de grupo oficial.
Nesse momento, Joe Biden parece afastar-se do grupo, a deambular, até ser chamado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
A imagem rapidamente correu a internet, cortada, no formato para as redes socais, dando a ideia que Biden estava a deambular.
O New York Post fez capa com a imagem e o título "Presidente deambulante" em tradução livre.
O vídeo foi aproveitado pelos apoiantes de Trump para pôr em causa a saúde física e mental do presidente de 81 anos, que vai a eleições em novembro, recandidato a um segundo mandato - dando a entender que a liderança do país está em risco.
O secretário de imprensa da Casa Branca veio, entretanto, criticar o jornal e esclarecer que Biden não estava a deambular. Garantiu que o presidente norte-americano estava, sim, a dar os parabéns a um dos paraquedistas e a fazer um sinal com o polegar.
As imagens mostram realmente Biden a afastar-se do grupo para cumprimentar o paraquedista e a levanta-lhe o polegar, para lhe dar os parabéns.
Também Emmanuel Macron, o presidente francês, se vira para o paraquedista, assim, como Charles Michel, presidente do Conselho Europeu e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
Todos parecem ouvir o momento em que foram chamados para a fotografia, menos Biden, que, nessa altura, se tinha afastado para cumprimentar os paraquedistas olhos nos olhos.
A notícia publicada pelo New York Post e os vídeos partilhados nas redes sociais foram analisadas por verificadores de factos e consideradas falsas.