Quatro mil militares estão mobilizados e a força aérea está em prontidão para sobrevoar o topo de uma montanha numa zona rural, perto da cidade de Lucerna, no centro da Suíça, onde chefes de Estado e de governo de todo o mundo vêm para dar um impulso ao fim da guerra na Ucrânia.
É no meio das montanhas, perto dos Alpes, que fica a estância de luxo de Bürgenstock, onde Zelensky se espera aproximar da paz. A localização é remota, dado o nível de segurança exigido. Entre as forças armadas suíças há apreensão.
"Não estou nervoso, mas estou definitivamente tenso. Somos um exército de milícias, onde os cidadãos de uniforme prestam os seus serviços", diz Daniel Keller, major-general.
Nos últimos dias, à medida que se aceleraram os preparativos da cimeira, o governo suíço viu também um aumento dos ataques informáticos e da desinformação.
"Não sou especialista, mas tendo em conta que o número de ciberataques aumentou consideravelmente nas últimas semanas, é óbvio que existem interesses em perturbar o processo de uma conferência deste tipo", explica Ignazio Cassis, ministro dos Negócios Estrangeiros da Suíça.
A Rússia não foi convidada e, por isso, a China não vem. Cerca de metade dos países presentes serão Estados Europeus, representados pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Macron ou o chanceler alemão.
Mas o objetivo de Zelensky não é contar os amigos, é isolar a Rússia e isso só o conseguirá se conseguir o apoio dos países do sul global: o caso da índia que marcara presença
"Quero que esta guerra agressiva da Rússia termine de forma justa e com base na carta das Nações Unidas e no Direito Internacional", disse o presidente da Ucrânia em novembro de 2022.
Zelensky quer um acordo que pressione a Rússia a garantir a segurança nuclear, a exportação de cereais ucranianos e a libertação de prisioneiros de Kiev. O governo suíço espera que seja o rascunho que sente Moscovo à mesa numa próxima cimeira.