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Cimeira da paz termina com vários países a recusarem assinar declaração final

Nações como a Índia e a África do Sul não quiseram associar-se ao documento que saiu da cimeira da paz para Ucrânia, que aconteceu na Suíça. Zelensky admite agora ouvir a China e estará já a ser pensado um novo encontro.

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Já terminou a Cimeira para a Paz na Ucrânia, que decorreu, este fim de semana, na Suíça. Houve, no entanto, vários países que não assinaram o documento que saiu do encontro.

O comunicado final pede que todas as partes do conflito estejam envolvidas no alcance da paz e reafirma os princípios da soberania, da independência e da integridade territorial da Ucrânia.

Em relação à segurança nuclear, os signatários estabeleceram que as instalações nucleares ucranianas, incluindo a de Zaporíjia, devem operar com segurança, sob total controlo do país.

O texto exige também o regresso à Ucrânia de todos os prisioneiros de guerra e de crianças deportadas e deslocadas ilegalmente para a Rússia.

No domínio da segurança alimentar, a cimeira estabeleceu que deve ser garantida a navegação comercial gratuita, completa e segura, bem como o acesso a portos marítimos no Mar Negro e no Mar de Azov.

Países que não assinam declaração final

Mais de 80 nações assinaram a declaração final que saiu da cimeira da paz, mas nem todas aquelas que participaram no encontro o fizeram.

Houve vários países que não assinaram o documento, nomeadamente nações como a Índia e a África do Sul.

Estes países que optaram por ficar de fora da assinatura da declaração estão entre os mais importantes para o estabelecimento de negociações de paz, por terem relações mais próximas com a Rússia.

O próximo passo

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou que o encontro foi um sucesso e garantiu que vai entregar as conclusões do mesmo à Rússia.

O chefe de Estado da Ucrânia assumiu também estar disponível a ouvir a China - país que é o aliado maior de Moscovo – estando já ser pensada uma nova cimeira, onde representantes chineses poderão estar presentes.

Deverá ser escolhido um país mais próximo da Rússia, para a realização desse novo encontro - eventualmente, a Arábia Saudita -, para que possam ser dados mais passos no caminho em direção ao fim da guerra. O ideal, admitido pela Ucrânia, é que nessa próxima cimeira estejam mesmo também sentados à mesa representantes russos.