O líder da França Insubmissa, em reação às primeiras projeções que apontam para a vitória da coligação que o seu partido integra, a Nova Frente Popular, afirma que, no final de uma campanha eleitoral "tão importante", o povo francês "votou em consciência".
Nesse sentido, saúda a mobilização dos cidadãos franceses que permitiram à coligação de esquerda conquistar o resultado "que parecia impossível".
"Foi realmente um movimento civil enorme e sabemos o quanto isso é importante. O nosso povo descartou, muito claramente, aquilo que era pior para França", referindo-se ao facto de partido de extrema-direita de Le Pen não ter alcançado a maioria absoluta como se chegou a apontar.
Nota ainda que quem ganhou com este resultado foram as muitas pessoas "que se sentiram ameaçadas".
Como resultado dos possíveis resultados, "a partir de hoje, a vontade do povo deve ser estritamente respeitada".
Para o Mélenchon, a extrema-direita não é a única derrotada da noite. A coligação presidencial fica, para já, no segundo lugar, o que obriga Emmanuel Macron a abandonar o cargo, aponta:
"De facto, ele nunca recebeu a confiança da Assembleia Nacional e acabou por vir a dirigir a campanha que perdeu e, realmente, as coisas ficaram muito claras hoje".
"Nova Frente Popular irá cumprir o seu programa na íntegra",
Acrescenta que o chefe de Estado tem agora a obrigação de chamar a Nova Frente Popular a governar, uma coligação que "está pronta" para assumir tal responsabilidade. "A palavra vai ser cumprida: a Nova Frente Popular irá cumprir o seu programa na íntegra", garante.
Deixa ainda claro que a coligação que representa não entrará em negociações com o partido liberal de Macron, "sobretudo após ter combatido a sua política de inação ecológica".
A aliança de esquerda venceu as eleições legislativas francesas, à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e da extrema-direita, segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas.