Depois da vitória da aliança de esquerda, Nova Frente Popular, nas eleições legislativas de França, a grande questão que se coloca agora é quem poderá ser o próximo primeiro-ministro francês.
O enviado da SIC a França, Ricardo Costa, diz que o mais provável é que se encontre um nome que seja consensual para os quatro partidos que constituem a aliança e que também “não seja facilmente rejeitável” pelo Presidente Emmanuel Macron.
“É isso que está, sobretudo, em cima da mesa: tentar alguém que tenha, pelo menos, uma imagem mais moderada e de menos confronto com o Presidente da República.”
Os socialistas franceses avançaram esta segunda-feira que a Nova Frente Popular deve “estar em condições de apresentar um candidato” ao cargo de primeiro-ministro dentro de uma semana.
Segundo os resultados atualizados até ao momento, a aliança de esquerda (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon) assegura 182 lugares na Assembleia Nacional, enquanto a aliança centrista do Presidente Emmanuel Macron segue em segundo lugar, com 168 lugares.
A grande derrotada é a extrema-direita de Marine Le Pen, que tinha vencido a primeira volta das legislativas. A União Nacional cai da liderança para um terceiro lugar, com a conquista de 143 lugares.
Com este resultado, nenhum dos partidos consegue assegurar os 289 lugares necessários para uma maioria absoluta no Parlamento francês, dos 577 lugares disponíveis.
No domingo, o Palácio do Eliseu disse que Emmanuel Macron vai esperar pela nova composição da Assembleia Nacional francesa para “tomar as decisões necessárias”. Ou seja, o Presidente francês anunciou que não vai nomear um primeiro-ministro para já e pediu “contenção” face aos resultados, ainda provisórios