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Correspondente SIC

Visita de Viktor Orbán não cai bem em Bruxelas

É mais uma visita polémica e sem pré-aviso. Depois de ir a Moscovo falar com Putin, Viktor Orbán foi a Pequim falar com Xi Jinping. O primeiro-ministro húngaro diz que anda em missão de paz, mas a missão não é nada pacífica entre os europeus.

Viktor Orbán
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Viktor Orbán volta a surpreender os parceiros europeus com uma viagem surpresa a Pequim que não caiu bem em Bruxelas. No mesmo dia, Marine Le Pen juntou-se ao primeiro-ministro húngaro e vão formar o terceiro maior grupo no Parlamento Europeu (PE).

Numa entrevista a uma televisão alemã, Orbán diz que a China tem um plano de paz para a Ucrânia e que os europeus vão atrás da política de guerra dos americanos. O primeiro-ministro húngaro diz que anda em missão de paz, mas a missão não é nada pacífica entre os parceiros europeus.

Ao lado de Volodymir Zelenksy, o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, não esconde a irritação com Orban, sobretudo num dia em que um novo ataque russo atingiu um hospital pediátrico em Kiev. Já de Moscovo chegam agradecimentos ao primeiro-ministro húngaro.

Ao que a SIC apurou, vários países querem discutir a forma com a Hungria está a usar a presidência rotativa da União Europeia (UE).

Novo grupo no Parlamento, com Tânger

Ao mesmo tempo que testa os nervos dos parceiros no PE, Orbán consegue também uma vitória no Parlamento Europeu.

Está criado o grupo dos Patriotas pela Europa, lançado pelo partido Fidesz, de Orbán, que absorveu a antiga bancada do Identidade e Democracia, incluindo a União Nacional de Le Pen, a Liga de Matteo Salvini e o Chega.

Tanger Correa é um dos seis vice-presidentes e sai em defesa do primeiro-ministro da Hungria.

"Se as propostas dele são boas ou são más, não sei, porque também não as conheço. Agora o facto de ele tentar pôr as pessoas a falar, tentar negociar, acho extremamente positivo. Esta guerra de alguma forma tem de acabar e a Ucrânia não pode sair prejudicada".