Os Estados Unidos e outros aliados vão enviar para a Ucrânia mais cinco sistemas estratégicos de defesa aérea. O anúncio foi feito por Joe Biden, esta noite, na abertura da Cimeira da NATO em Washington.
"Putin não parará na Ucrânia, mas a Ucrânia pode parar e parará Putin", começou por afirmar Biden, enquanto discursava na cimeira da Aliança Atlântica.
"Anuncio uma doação histórica de equipamento de defesa aérea à Ucrânia", declarou. Em causa está um esforço conjunto por parte dos EUA, Alemanha, Países Baixos e Roménia, que vão fornecer a Kiev quatro sistemas de defesa aérea Patriot nos próximos meses, enquanto a Itália fornecerá um sistema SAMP-T.
O anúncio ocorre num momento crítico na defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia, um dia após ataques mortais russos que devastaram o maior hospital pediátrico do país.
A Casa Branca informou ainda estar a trabalhar num novo anúncio, ainda este ano, de sistemas estratégicos de defesa aérea adicionais para Kiev.
Outros aliados, incluindo o Canadá, a Noruega, a Espanha e o Reino Unido, fornecerão uma série de outros sistemas que ajudarão a Ucrânia a expandir a sua cobertura.
Zelensky apelara a mais apoio
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta terça-feira, numa mensagem nas redes sociais que a defesa aérea ainda é o principal pedido do seu país e pediu repetidamente mais sistemas de mísseis Patriot.
Zelensky indicou que Kiev também pede mais aeronaves, incluindo caças norte-americanos F-16. "Além disso, estamos a pressionar por maiores garantias de segurança para a Ucrânia, incluindo armas, ajuda financeira e apoio político", prosseguiu.
Os Estados Unidos já enviaram para a Ucrânia dois sistemas de mísseis Patriot: um no final do ano passado e, segundo as autoridades norte-americanas, outro no mês passado. O principal organismo de defesa da Roménia revelou no final de junho que também iria doar um sistema de mísseis Patriot à vizinha Ucrânia.
Vários aliados europeus têm-se mostrado relutantes em abandonar os seus sistemas de defesa aérea, uma vez que também se preocupam com possíveis ameaças da Rússia.
O pacote de apoio à Ucrânia - que deverá fixar uma ajuda anual dos aliados de 40 mil milhões de euros por ano -- implicará ainda que a NATO assuma a tarefa de coordenar a ajuda militar que este país recebe para se defender da invasão russa, bem como as iniciativas de treino das suas forças, através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar numa sede da NATO na Alemanha.
Com Lusa