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CORRESPONDENTE ISRAEL

"Chegou a hora de negociar”: quem são os israelitas que querem a paz?

No Egipto e no Qatar, dizem que um acordo entre Israel e o Hamas nunca esteve tão próximo. Mas não é a primeira vez que o otimismo se evapora no último momento. Em Israel, o bloco da paz que esteve inativo desde o ataque de outubro está a reorganizar-se.

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"Chegou a hora de negociar" é o lema do encontro protagonizado por 40 organizações pacifistas israelitas em Telavive. Seis mil pessoas de todas as idades reuniram-se no estádio Menora para lembrar que, apesar das guerras de Gaza e do Líbano, ainda há quem acredite que a paz é possível.

Exigem ao Governo israelita que chegue a um acordo com os palestinianos, que chegue a um acordo com o Hamas, para acabar a guerra em Gaza e evitar outra guerra com o Hezbollah. Estes grupos estiveram paralisados durante quase nove meses, devido ao traumatismo de 7 de outubro, mas agora decidiram passar à ação.

No dia mais negro da História de Israel, mais de 1200 pessoas foram assassinadas e queimadas vivas, e 250 foram sequestradas para Gaza. Israel respondeu com uma invasão que provocou dezenas de milhares de mortos.

Os pacifistas respondem lembrando graves conflitos que terminaram com um acordo político - como na África do Sul, na Irlanda do Norte e até mesmo o genocídio de Ruanda.

Em Telavive, recordam que, há um século a Europa, encontrava-se entre duas guerras mundiais, as mais sangrentas da História da humanidade. Em 2024 a mesma Europa, celebra o europeu de futebol, na capital do Terceiro Reich, e as rivalidades do passado vivem se agora no relvado dos estádios.