Para Germano Almeida, Joe Biden "não tinha capacidade para resistir a tanta pressão", com os pedidos para desistir da corrida à Casa Branca, mas "acabou por tomar uma boa decisão". Ainda assim, questiona: “Que outro líder mundial faria o que Joe Biden fez ontem [domingo] ?”
"O poder a este nível não se cede, nem se oferece, perde-se. E Biden percebeu que o perdeu."
O comentador da SIC afirma que Biden deixa na sua presidência dois legados fundamentais: a ajuda à Ucrânia e a recuperação económica nos Estados Unidos da América.
Sobre o futuro candidato do Partido Democrata, diz que os "democratas estão numa posição difícil" e que é "preciso perceber a raridade do momento": se se confirmar que Kamala Harris é a candidata democrata, "é a primeira vez, desde 1968, que há um candidato presidencial dos dois partidos que não foi a primárias".
Defende que o facto de ser vice-presidente é uma vantagem para Kamala Harris, apesar de "nunca ter sido uma vice muito popular".
"Mas é uma candidata mais forte do que parece, na perspetiva de que agita e aumenta a capacidade de setores democratas em áreas como minorias étnicas, direitos das mulheres ou ambiente."
Questionado sobre o possível vice, explica que tem de ter um perfil específico para chegar ao eleitorado que Kamala pode não conseguir chegar.
Germano Almeida reconhece ainda que Trump continua a ser o favorito a vencer as eleições de novembro, mas destaca que, "em questão de horas", o antigo Presidente "passou de uma situação de 90% de hipótese de vencer" para "65% de hipótese de vencer".
O Presidente norte-americano e candidato do Partido Democrata anunciou, este domingo, que abandona a corrida à Casa Branca. Joe Biden não só declara "apoio total" a Kamala Harris como sugere ao partido Democrata que a escolha para concorrer contra Trump: "É hora de nos unirmos e derrotar Trump", afirmou.