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Observador independente garante que eleições na Venezuela não foram democráticas

O centro Carter, que acompanhou como observador a eleição de domingo a convite de Nicolas Maduro, garante que o sufrágio não foi transparente. Entretanto, os apoiantes do presidente venezuelano no Parlamento defendem a prisão dos líderes da oposição.

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Um dos poucos grupos independentes convidados por Nicolás Maduro para acompanhar as eleições garante que o processo eleitoral na Venezuela não foi transparente e não pode ser considerado democrático.

O presidente venezuelano anuncia o reforço do patrulhamento militar e policial para travar a contestação que se espalha um pouco por todo o país. Quem se deslocou ao centro de Caracas, esta terça-feira, teve de enfrentar a maré de polícias e militares que o regime colocou na rua. Os paramilitares apoiantes de Maduro ajudam a dispersar quem protesta.

Nas redes sociais, circulam vários vídeos de detenções arbitrárias feitas pelas autoridades. A mais famosa é a de Freddy Superlano, ex-deputado da Assembleia Nacional da Venezuela e um dos membros mais destacados da oposição. Está em parte incerta.

Nicolás Maduro reúne quem o apoia junto ao palácio presidencial, prometendo manter o país sob controle e pedindo uma grande manifestação de apoio no próximo sábado.

Os aliados de Maduro no Parlamento dão voz ao que o regime pretende: colocar a oposição atrás das grades.

“Os líderes da oposição têm de ser detidos, aqueles que lhes dão ordens, aqueles que lhes pagam”, defendeu Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela.

O centro Carter, que acompanhou como observador a eleição de domingo a convite de Nicolás Maduro, garante que o sufrágio não foi transparente nem democrático e que a Comissão Nacional de Eleições violou várias das leis do país.

A oposição diz ter tido acesso a mais de 70% das atas que registam o número de votos e o resultado em cada local de votação. As contas de quem contesta mostram que Maduro não é o presidente escolhido pelos venezuelanos.

“Não acreditem que vamos aceitar. Não pensem que vêm ajustar e mudar as atas. Nós conhecemos as atas originais e oficiais. O mundo já as viu”, afirmou a líder da oposição, Maria Corina Machado.