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Tensão na Venezuela: manifestações marcadas, sede da oposição assaltada e as reações internacionais

A líder da oposição, Maria Corina Machado, garante que teme pela vida e que teve de se esconder. Diz agora que se irá encontrar com o povo venezuelano no sábado.

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Estão previstas, para este sábado, manifestações por toda a Venezuela. Maria Corina Machado, líder da oposição, pediu aos apoiantes para saírem à rua em protesto contra o anúncio da vitória de Nicolás Maduro, o homem que continua a dizer que está a proteger o país do fascismo.

A líder da oposição revelou, entretanto, que a sede do partido foi assaltada na última madrugada. O partido de Maria Corina Machado diz que seis homens armados e com o rosto coberto entraram na sede, "subjugaram os seguranças", ameaçaram-nos e levaram equipamentos e documentos.

No dia anterior, Maria Corina Machado publicava também numa rede social, uma declaração em que apela à participação na manifestação marcada para este sábado, às 10 da manhã, mais cinco horas em Lisboa.

Maria Corina Machado garante que teme pela vida e que teve de se esconder. Diz agora que se irá encontrar com o povo venezuelano no sábado.

Para esta sexta-feira, Nicolás Maduro tinha pedido que os restantes nove candidatos respondessem ao pedido do Supremo Tribunal da Venezuela e aparecessem numa das salas onde estão a ser certificados os resultados das presidenciais de domingo, a pedido de Maduro.

Seja como for, os Estados Unidos reconheceram a vitória de Edmundo Gonzales. O secretário de Estado Antony Blinken diz que há provas avassaladoras desse triunfo.

Para países como Brasil, México e Colômbia, as relações com a Venezuela são para manter embora não tenham dito ainda se reconhecem ou não os resultados, enquanto para outros como Uruguai, Peru, Chile e Argentina é clara a rejeição da vitória anunciada de Nicolás Maduro.

Ao Chile e ao Peru, por exemplo, Maduro acusa-os de treinar jovens que depois chegam à Venezuela para fazer distúrbios e acabam presos. Alguns foram detidos nos protestos pós-eleitorais e são agora procurados pelas famílias que se queixam de não saber deles.