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Dióxido de enxofre libertado por vulcão em erupção atinge a Europa

Através de observações de satélite, foi verificado um aumento da quantidade de dióxido de enxofre no ar, causado pelas erupções vulcânicas na Islândia. E a nuvem de enxofre está a mover-se em direção à Europa.

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É um aviso deixado pela Comissão Europeia. O dióxido de carbono libertado pelo vulcão que entrou em erupção, na última semana, na Islândia, está a aumentar e a mover-se em direção ao território continental europeu.

Um vulcão entrou em erupção na península islandesa de Reykjanes, na última quinta-feira – a sexta erupção vulcânica naquela região desde o início deste ano – e o fenómeno está a ter consequências ao nível da atmosfera.

Através de observações de satélite, foi verificado um aumento da quantidade de dióxido de enxofre no ar, para o qual as erupções vulcânicas têm contribuído de forma significativa.

As imagens de satélite indicam que a concentração mais elevada de dióxido de enxofre está entre 5 a 8 quilómetros de altura, mas as medições à superfície revelam que houve também um grande aumento do dióxido de enxofre ao nível do solo.

O serviço de monitorização atmosférica Copernicus, coordenado pela Comissão Europeia, tem estado a acompanhar o movimento desse dióxido de enxofre libertado pelo vulcão e verificou que ele está a mover-se em direção à Europa.

“Desde 23 de agosto, após a erupção na Islândia, as previsões de SO2 (dióxido de enxofre)têm mostrado uma pluma a deslocar-se através do Atlântico Norte, atingindo o noroeste da Europa a 24 de agosto e continuando mais para leste nos dias seguintes”, refere a Comissão Europeia, em comunicado

Sem alarme, mas manter vigilância

A Comissão Europeia assegura, contudo, que não é esperado um grande impacto na qualidade do ar, que inspire cuidados a nível de saúde. Isto porque, apesar do aumento da concentração, os níveis de dióxido de carbono não ultrapassaram o limiar de exposição recomendado.

Ainda assim, ressalva, há que manter a vigilância.

“As emissões não foram suficientemente graves para terem um impacto significativo nos processos atmosféricos globais ou na saúde humana, mas é importante documentar e registar todos os episódios”, alerta Mark Parrington, cientista do serviço de monitorização atmosférica Copernicus.

As previsões do Copernicus apontam para que as nuvens de dióxido de enxofre continuem ainda a mover-se em direção à Europa durante os próximos cinco dias.