Quase todo o México está a passar por uma seca extrema que já dura há dois anos. A falta de água está a influenciar o funcionamento natural das espécies naquele país.
Chihuahua é normalmente um estado seco e semiárido mas desta vez está em níveis preocupantes.
A barragem de Las Lajas tem apenas dois por cento do total de água que deveria ter e a pouca que tem, está infestada por um mar de peixes, mortos pela falta de oxigénio na água. A maioria dos habitantes da zona nunca viu a albufeira naquele estado.
Há muito que se desespera por chuva até já os lençóis freáticos estão nos mínimos. Antes, do subsolo ainda vinha alguma compensação mas agora, a consequência económica parece inevitável.
A população está a tentar a sorte noutras partes do país mas os animais não têm como sobreviver. A seca impede o crescimento de vegetação natural, onde as abelhas possam recolher pólen.
Só que os pesticidas nas plantações matam todos os insetos, incluindo os que são benéficos, como as abelhas.
Um pouco a sul, o caudal do Rio São Pedro está em mínimos e a barragem Las Virgenes já não é tão apelativa, afetando a economia e o turismo da região, com os habitantes em risco de ficar sem rendimentos.
No estado de Chihuahua, aponta-se o dedo ao poder central, na capital, por ignorar a realidade. Cerca de 76 por cento do México estava em seca no final de maio, o mês com menos precipitação desde 1941.
Com o verão, a percentagem terá subido para níveis acima do recorde que foi a seca de 2011.