Mundo

Correspondente SIC

Quatro meses depois das cheias no Rio Grande do Sul, ainda há famílias a dormir debaixo da ponte

Quase 500 municípios sofreram os impactos das cheias no Estado do Rio Grande do Sul. Cerca de 200 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. Quatro meses depois, o estado está a trabalhar na reconstrução.

Loading...

Quase quatro meses depois das cheias, o Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, está ainda em reconstrução e famílias que perderam tudo sofrem os impactos da tragédia.

Há dois meses que esta tem sido a rotina da Gabriela. Organiza o espaço improvisado debaixo de uma ponte na periferia da cidade de Porto Alegre para que a família possa tentar seguir com a rotina.

Uma rotina que mudou completamente depois de a casa da família ter ficado inundada durante as chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, em maio.

Quase 500 municípios sofreram os impactos das cheias, cerca de 200 pessoas morreram e milhares ficaram desabrigadas. Quatro meses depois, o estado está a trabalhar na reconstrução.

As pessoas, que num primeiro momento acamparam nas rodovias, foram levadas para centros de acolhimento. A família decidiu permanecer próxima ao local, a 300 metros da antiga residência que ficou destruída depois de a água chegar quase ao telhado.

Mesmo com o inverno rigoroso, a ponte passou a ser a opção de abrigo para a família de Milton, que se recusa a deixar os cerca de 40 animais, cães, cavalos, aves e leitões, que conseguiu salvar no meio do desespero da subida repentina das águas.

Apesar das dificuldades, ir para um abrigo do Governo e deixar os animais para trás não é uma hipótese para a família que perdeu tudo, mas tenta manter-se unida.