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Um ano depois do sismo em Marrocos, há ainda pessoas sem casa

Muitos sobreviventes do terramoto que há um ano matou quase três mil pessoas em Marrocos continuam a viver em tendas. O Governo marroquino anunciou a reconstrução da casa de mil famílias, mas a quatro anos da meta, as autoridades anunciaram que das 56 mil casas afetadas, mil famílias têm teto reconstruído.

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Há 60 anos que um sismo não fazia tantas vítimas mortais em Marrocos. Quase três mil mortes, mais de cinco mil feridos e milhares de desalojados. Um impacto na vida de dois milhões e oitocentas mil pessoas, segundo dados oficiais.

Era noite, pouco passava das 23:00 de 8 de setembro de 2023. Na rua, as pessoas tiveram tempo de escapar aos efeitos do abalo de 6,8 graus de magnitude. Ruíram muitas paredes, que por serem históricas são património da humanidade, mas as mais modernas resistiram.

Habibar e Mohammed Boudad ficaram quatro dias com a mesma roupa mas salvaram-se, assim como se salvaram todos os convidados do casal. A cerimónia pré-nupcial foi celebrada na rua, evitando muitos funerais na aldeia da noiva, onde nenhuma casa ficou de pé.

Assustadas muitas pessoas esperaram pelas réplicas ao relento, outras ficaram ao relento até ao presente. O palácio real prometeu gastar 10 mil milhões de euros nos cinco anos seguintes para reconstruir edifícios históricos e públicos, além de casas.

A quatro anos da meta, as autoridades anunciaram que das 56 mil casas afetadas, mil famílias têm teto reconstruído. Aos mais pobres, que sobreviviam da agricultura e da pastorícia, também foi dada cevada e milhares de cabeças de gado.

O Governo não revelou o número dos que permanecem em tendas ou abrigos, faz na segunda-feira um ano.