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Reino Unido diz estar determinado em acabar com as travessias ilegais no Canal da Mancha

A ministra do Interior, Yvette Cooper, declarou que o novo Executivo trabalhista está "determinado" a perseguir os bandos de passadores que "minam a segurança das fronteiras e põem vidas em risco".

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O governo britânico diz estar determinado a acabar com as travessias ilegais no Canal da Mancha, tendo estado reunido esta sexta-feira para acertar estratégias. Uma das prioridades é aumentar a cooperação com as autoridades europeias.

A ministra do Interior, a trabalhista Yvette Cooper, disse que o número de chegadas de pequenas embarcações ao Reino Unido através do Canal da Mancha diminuiu em julho e agosto em comparação com anos anteriores.

Cooper reuniu os responsáveis pela luta contra a imigração irregular numa reunião em que participaram também o primeiro-ministro, Keir Starmer, e outros membros do Governo, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, e o ministro da Justiça, Shabana Mahmood.

No final da reunião, a ministra declarou aos meios de comunicação social que o novo Executivo trabalhista está "determinado" a perseguir os bandos de passadores que "minam a segurança das fronteiras e põem vidas em risco".

Para o efeito, apelou a uma maior cooperação com os parceiros europeus, como aconteceu recentemente com a Bulgária, embora considere que é necessário fazer muito mais.

A governante afirmou que tem havido uma colaboração acrescida com as agências europeias de segurança e com a Europol, para combater estas redes criminosas antes de chegarem à costa francesa.

O Reino Unido assistiu a um aumento "vergonhoso" das listas de espera para a análise dos pedidos de asilo, depois de ter havido muito menos repatriamentos aos países de origem durante os últimos governos conservadores.

O Executivo de Starmer abandonou os planos do Governo anterior de utilizar a base aérea RAF Scampton como solução de alojamento de emergência para as pessoas que aguardam o processamento dos seus pedidos de asilo.

O número de chegadas de embarcações provenientes de França (21 720) até agora este ano aumentou 3% em comparação com o número registado no mesmo período em 2023: 21 086.

Em contrapartida, o registo deste ano é 19% inferior ao de 2022, quando foram registadas 26 692 chegadas nesta altura do ano.

Doze pessoas, incluindo vários menores e uma mulher grávida, morreram há três dias, na sequência do naufrágio do barco em que tentavam atravessar o canal de forma irregular de França para o Reino Unido.

Com LUSA