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Guterres condena veementemente duplo homicídio em Moçambique e apela a investigação rápida

Elvino Dias e Paulo Guambe foram executados a tiro numa emboscada. O duplo homicídio do advogado e do mandatário que participaram na campanha do partido da oposição nas últimas presidenciais é rastilho de pólvora para as suspeitas de fraude eleitoral com um risco imprevisível na escalada de violência.

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António Guterres condenou o duplo homicídio, em Moçambique, de dois apoiantes do candidato da oposição. Venâncio Mondlane, convocou para segunda-feira uma marcha de repúdio.

Em Maputo, no local onde Elvino Dias e Paulo Guambe foram executados a tiro numa emboscada na passada sexta-feira, o candidato presidencial do partido Podemos ajoelha-se em homenagem às vítimas e promete vingança a começar já nas ruas nesta segunda feira.

O duplo homicídio do advogado e do mandatário que participaram na campanha do partido da oposição nas últimas presidenciais é rastilho de pólvora para as suspeitas de fraude eleitoral com um risco imprevisível na escalada de violência.

O candidato Venâncio Mondlane não tem dúvida das motivações políticas do ataque e responsabiliza as forças de defesa e segurança.

Este domingo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o duplo homicídio em Maputo e apelou a uma investigação rápida.

Também Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo português já condenaram o ataque e mostraram preocupação com a atual situação, no país.

A tensão aumentou depois das eleições gerais que deram a vitória na capital a Daniel Chapo da Frelimo, o partido do Governo. Atrás ficou Venâncio Mondlane, do Podemos, que contesta os resultados.

A contagem final dos votos, que inclui legislativas, presidenciais e autárquicas só deve ser conhecida na próxima quinta-feira.