A Coreia do Sul e os Estados Unidos da América iniciaram, esta quinta-feira, exercícios militares conjuntos de ataque simulado com a Força Aérea. É a resposta ao último míssil norte-coreano de longo alcance que foi disparado no mar do Japão.
O exercício militar envolveu caças da Força Aérea Sul-Coreana e aeronaves da Força Aérea e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA.
“Apesar dos repetidos avisos dos nossos militares, a Coreia do Norte continua as suas provocações ilegais. Reiteramos o nosso aviso severo de que a Coreia do Norte assumirá toda a responsabilidade por quaisquer consequências que daí advenham”, declarou Ahn Chan Myong, chefe do Estado-Maior da Coreia do Sul.
Em comunicado, Kim Jong-un diz que a "medida militar" foi um aviso aos rivais para mostrar a determinação de Pyongyang em contra-atacar, perante a escalada de tensão regional que diz representar uma ameaça à segurança da Coreia do Norte.
À imprensa, o ministro da Defesa japonês fala num míssil de um novo tipo, que terá percorrido uma distância estimada em cerca de 1000 quilómetros.
“É diferente dos anteriores, uma vez que o seu tempo de voo – 86 minutos - é o mais longo, e a sua altitude é também superior a 7000 quilómetros. Tendo em conta estes fatores, pode ser considerado como um míssil da classe ICBM. Ainda estamos a investigar os pormenores, para saber se é um novo míssil balístico intercontinental”, adiantou o ministro GenNakatani.
Uma crescente tensão que, a juntar aos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, traz maior ansiedade a quem vive na Coreia do Sul.
A Coreia do Sul associa o teste ao novo míssil balístico de longo alcance à proximidade das eleições americanas. Os Estados Unidos já condenaram a Coreia do Norte. Asseguram que vão tomar medidas para garantir a segurança do país e dos aliados sul-coreanos e japoneses.