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"Não fizeram nada para evitar isto": moradores de Valência responsabilizam Governo espanhol pela falta de ajuda

Os reis de Espanha, o presidente do Governo espanhol e o presidente da Comunidade Valenciana foram recebidos com protestos numa das zonas mais afetadas pelas cheias. Pedro Sánchez acabou por abandonar o local mais cedo. Os reis de Espanha foram atingidos com lama, mas ficaram e ouviram a indignação dos moradores, que se queixam de falta de apoio.

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É este o momento em que a comitiva de Pedro Sánchez, o presidente do Governo Espanhol abandona a visita. É o primeiro a sair perante os protestos. Na agenda uma ida a Paiporta, uma das localidades mais afetadas nos subúrbios de Valência. Quatro dias depois das cheias, o chefe do Governo foi acompanhado pelos Reis de Espanha, Felipe e Letícia, e pelo presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón.

Felipe ficou no local, quase sempre lado a lado, com Mazón. Seguiram perante o coro de protestos de quem nos últimos dias tanto perdeu e reclama agora falta de apoio das autoridades.

Ecoaram gritos de revolta e pedidos de demissão e foi atirada lama. Os chapéus-de-chuva foram abertos como proteção. As forças de segurança foram obrigadas a intervir. O rei de Espanha ouviu o que vários moradores tinham a dizer.

O mesmo fez a rainha, ouvindo, já atingida pela lama, a indignação. Estava também prevista uma visita oficial dos reis e do presidente da Comunidade Valenciana à comunidade de Chiva, mas foi suspensa.

Pedro Sánchez já reconheceu que a resposta dada não está a ser suficiente. O comando das operações continua a cargo da Comunidade Valenciana, que não subiu o nível de emergência, o que permitiria a gestão direta do Governo Central.