Uma nova vaga de manifestações arranca esta quarta-feira, em Moçambique, com a oposição a garantir que vão ser três dias de paralisação geral.
O anúncio foi feito pelo candidato presidencial Venâncio Mondlaneem, em direto, nas redes sociais.
O candidato da oposição espera uma paralisação total da economia do país e garante que não vai desistir até ser reposta a verdade eleitoral.
"O povo está cansado e o povo quer uma resposta (...) Nós não queremos fazer um golpe de Estado. Nós queremos pressionar o Governo. Nós queremos pressionar os órgãos eleitorais. Queremos pressionar as instituições de justiça para que se reponha a verdade eleitoral."
Em vez de se espalharem pelo país todo, desta vez as manifestações estarão concentradas em três grandes pontos: nos portos, nas fronteiras e nas onze capitais de província
O objetivo é concentrar os protestos que se tem multiplicado pelo país a exigir a “verdade eleitoral”.
A 9 de outubro, a Comissão Nacional de Eleições de Moçambique atribuiu a vitória das eleições presidenciais a Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo (no poder desde 1975), o que levou a oposição a convocar protestos populares.
A manifestações lançaram o caos em Maputo, onde pelo menos três pessoas morreram e 66 ficaram feridas durante confrontos entre manifestantes e autoridades.
Anteriormente, Venâncio Mondlane garantiu que os protestos vão continuar até que seja reposta a verdade eleitoral e que a quarta fase de contestação nas ruas vai ser “extremamente dolorosa”.