A passagem do ciclone Chido pela ilha francesa de Mayotte, no Oceano Índico, poderá ter provocado milhares de vítimas, mas o balanço final de mortes ainda está longe de ficar fechado. As infraestruturas vitais da ilha foram seriamente afetadas, pela força devastadora do pior ciclone a atingir a ilha, em quase um século.
Entre os cerca de 300 mil habitantes desta ilha situada a nordeste de Moçambique, poucos não terão sido sido tocados pela catástrofe que se abateu sobre Mayotte.
Os ventos ciclónicos que chegaram a ultrapassar os 200 quilómetros por hora derrubaram tudo o que encontraram pela frente no mar e em terra.
Bairros inteiros caíram como castelos de cartas, o que torna difícil estimar o número de vítimas.
Os sobreviventes enfrentam agora a árdua tarefa de procurar os muitos desaparecidos e de cuidar dos feridos com poucos ou nenhuns recursos. Estes dias fizeram emergir o melhor mas também o pior da natureza humana.
Com infraestruturas vitais destruídas, uma das maiores dificuldades vai ser a do abastecimento e distribuição de água, de alimentos e de medicamentos no território classificado como o mais pobre sob administração francesa e também o mais pobre da União Europeia. Paris e Bruxelas prometem enviar ajuda e reerguer casas e infraestruturas.