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Donald Trump vai tentar "evitar que TikTok fique indisponível" nos Estados Unidos

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos ouviu argumentos favor e contra a lei que força o TikTok a vender ou encerrar sua operação no país até 19 de janeiro. A maioria dos juízes pareceu decidida a manter a lei, que exige que a chinesa ByteDance se desfaça do TikTok por razões de segurança nacional ou enfrente uma proibição num dos seus maiores mercados.

Donald Trump vai tentar "evitar que TikTok fique indisponível" nos Estados Unidos
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O novo Governo dos Estados Unidos "vai pôr em prática medidas para evitar que o TikTok fique indisponível" no país, disse na quinta-feira o conselheiro de segurança nacional escolhido pelo Presidente dos Estados Unidos eleito, Donald Trump, numa entrevista.

No programa Fox & Friends, da Fox News, o deputado da Florida Mike Waltz recordou que a lei federal que pode proibir a rede social até domingo "permite prorrogação, desde que esteja em cima da mesa um acordo viável".

Um dia antes, também na Fox News, Mike Waltz disse que o Presidente norte-americano eleito estava a explorar opções para "preservar o Tik Tok" depois de ter sido questionado sobre uma notícia do The Washington Post que dizia que Trump estava a considerar uma ordem executiva para suspender a execução de uma lei federal.

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos ouviu argumentos favor e contra a lei que força o TikTok a vender ou encerrar sua operação no país até 19 de janeiro.

A maioria dos juízes pareceu decidida a manter a lei, que exige que a chinesa ByteDance se desfaça do TikTok por razões de segurança nacional ou enfrente uma proibição num dos seus maiores mercados.

"Se o Supremo Tribunal decidir a favor da lei, o Presidente Trump foi muito claro: em primeiro lugar, o TikTok é uma grande plataforma que muitos [norte-]americanos utilizam e tem sido ótima para a sua campanha e para divulgar a sua mensagem. Em segundo, vai proteger os seus dados", disse Waltz na quarta-feira.
"É um negociador. Não me quero adiantar às nossas ordens executivas, mas vamos criar este espaço para pôr em prática este acordo", acrescentou.

Entretanto, Pam Bondi, a escolha de Trump para procuradora-geral, evitou uma pergunta numa audição no Senado sobre se manteria a proibição do TikTok.

Trump já tinha tentado proibir o TikTok no primeiro mandato

Trump mudou de posição sobre a popular aplicação, tendo tentado proibi-la durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, devido a preocupações com a segurança nacional.

Entrou no TikTok durante a sua campanha presidencial de 2024 e a sua equipa usou-o para se ligar aos eleitores mais jovens, especialmente aos do sexo masculino, divulgando conteúdo machista.

O republicano prometeu "salvar o TikTok" durante a campanha e deu crédito à plataforma por o ajudar a ganhar mais votos dos jovens.