Desde que foi confirmada a sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, Donald Trump tem vindo a anunciar os nomes que farão parte da sua futura equipa governamental.
Estas indicações, que terão de ser aprovadas pelo Senado, controlado pelos republicanos, estão a dar que falar. Ao contrário do que fez em 2017, o Presidente eleito está agora a dar prioridade aos leais para ocupar os cargos de topo.
Quem são os nomeados por Trump? Veja aqui a lista:
O empresário do ramo da venda de automóveis John Arrigo será o novo embaixador norte-americano em Portugal.
"John é um empresário de grande sucesso na indústria automóvel e um jogador campeão de golfe. Há mais de trinta anos que é um incrível líder empresarial em West Palm Beach [cidade da Flórida, no sudeste dos Estado Unidos] e é respeitado por todos", sublinhou o republicano.
Arrigo é um colaborador próximo do magnata pelo menos desde 2006, disse em 2018 o portal de notícias norte-americano BuzzFeed News.
Kevin Marino Cabrera como embaixador no Panamá
Donald Trump vai nomear Kevin Marino Cabrera como embaixador no Panamá, reiterando que este país centro-americano está a "defraudar" os Estados Unidos no Canal do Panamá.
"Tenho o prazer de anunciar que Kevin Marino Cabrera assumirá o cargo de embaixador dos Estados Unidos na República do Panamá, um país que nos está a defraudar no Canal do Panamá", declarou o republicano em comunicado.
Marino é comissário do condado de Miami-Dade, no estado da Flórida (sudeste), um dos que tem maior proporção de latino-americanos.
Brian Burch como embaixador no Vaticano
O Presidente eleito dos Estados Unidos (EUA) anunciou o nome de Brian Burch, líder do grupo conservador de defesa política CatholicVote, como embaixador no Vaticano.
"Brian é um católico devoto, pai de nove filhos e presidente do CatholicVote", disse Trump, na rede social Truth SocialThru.
O republicano, que vai cumprir um segundo mandato dentro de um mês, referiu que Burch "demonstrou uma liderança excecional, ajudando a construir um dos maiores grupos de defesa dos católicos no país".
Adam Boehler nomeado para Assuntos sobre Reféns
A escolha de Donald Trump para enviado especial para os assuntos relacionados com os reféns foi Adam Boehler, ex-CEO da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos.
No anúncio, o Presidente eleito diz que Boehler vai trabalhar incansavelmente para trazer os cidadãos americanos para casa. Esta não é a primeira vez que colaboram, os dois já trabalharam juntos nas negociações dos Acordos de Abraão.
Jared Isaacman para liderar a NASA
A escolha para liderar a NASA recaiu sobre Jared Isaacman que, segundo Trump, “conduzirá a missão de descoberta e inspiração da NASA, abrindo caminho para conquistas inovadoras em ciência, tecnologia e exploração espacial”.
Ao ser confirmado, Isaacman vai supervisionar um orçamento de cerca de 25 milhões de dólares da empresa espacial, que está fortemente centrado no regresso à lua, no âmbito do programa Artemis. Aliado a isso vai, também, comandar a pasta aeronáutica da agência.
Daniel Driscoll será secretário de Estado
Para secretário de estado, a escolha foi Daniel Driscoll, antigo conselheiro do vice-presidente eleito, JD Vance.
Peter Navarro como Conselheiro Sénior para o Comércio e Manufatura
O cargo de conselheiro sénior para o comércio e manufatura deverá ser ocupado por Peter Navarro que, pela segunda vez, integra a administração do Presidente eleito. Durante o primeiro mandato de Donald Trump, Navarro foi diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca.
Michael Faulkender para vice-secretário do Tesouro
Para vice-secretário do Tesouro, Trump escolheu Michael Faulkender, um professor de finanças da Universidade de Maryland.
“Mike é um economista distinto e praticante de política que conduzirá nossa agenda America First ”, escreveu Donald Trump.
Gail Slater à frente da divisão anti-concorrência do departamento de Justiça
Gail Slater vai liderar a divisão anti-concorrência do departamento de Justiça. Espera-se que assuma o controlo de casos contra empresas como Google, Visa e Apple.
Trump disse ainda que Slater vai “assegurar que as leis da concorrência são aplicadas, tanto vigorosa como justamente, com regras claras que facilitam, em vez de sufocar, o engenho das nossas maiores empresas”.
Antigo comissário Paul Atkins vai dirigir a SEC
Paul Atkins vai dirigir a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), uma agência federal independente de regulamentação e controlo dos mercados financeiros.
Nas redes sociais, Trump diz que Atkins “acredita na promessa de mercados de capitais robustos e inovadores que respondam às necessidades dos investidores e que forneçam capital para tornar nossa economia a melhor do mundo. Ele também reconhece que os ativos digitais e outras inovações são cruciais para tornar a América maior do que nunca”.
Conselheiro para o Médio Oriente: Massad Boulos
Donald Trump anunciou a nomeação do empresário americano-libanês Massad Boulos, pai de um dos seus genros, como seu conselheiro para o Médio Oriente.
"Massad é um bom negociador e um firme defensor da PAZ no Médio Oriente. Será um firme defensor dos Estados Unidos e dos seus interesses", escreveu o futuro Presidente norte-americano na sua rede social, Truth Social.
Boulos é pai de Michael Boulos, casado com Tiffany, filha do meio de Donald Trump.
Responsável da agência antidrogas DEA: xerife da Florida Chad Chronister
O presidente eleito dos Estados Unidos anunciou que vai nomear o xerife do condado de Hillsborough, no estado da Florida (sudeste), Chad Chronister, para liderar a agência antidrogas DEA.
Chronister é xerife naquele condado há 32 anos e tem participado em iniciativas de luta contra a droga e tráfico de seres humanos, afirmou Trump no sábado em comunicado.
A nomeação deverá ser confirmada pelo Senado.
"Como administrador da DEA, Chad vai trabalhar com a nossa grande Procuradora-Geral, Pam Bondi, para proteger a fronteira, parar o fluxo de fentanil e outras drogas ilegais da fronteira sul [com o México] e SALVAR VIDAS", disse Trump.
Diretor do FBI: Kash Patel
Donald Trump propôs Kash Patel para diretor do FBI, procurando tornar a agência federam aliada e com o propósito de livrar o governo de alegados conspiradores. Este é o mais recente teste de Trump para saber até que ponto os senadores republicanos irão na confirmação dos seus nomeados.
"Tenho o orgulho de anunciar que Kashyap 'Kash' Patel será o próximo diretor do Federal Bureau of Investigation FBI)", a polícia federal dos Estados Unidos, anunciou Trump na rede Truth Social.
"Kash é um brilhante advogado, investigador e lutador do 'America First' que passou a sua carreira a expor a corrupção, a defender a Justiça e a proteger o povo americano", sintetizou o presidente eleito.
Patel "desempenhou um papel fundamental em revelando a Rússia, Rússia, da farsa da Rússia, posicionando-se como um defensor da verdade, da responsabilidade e da Constituição", escreveu Trump.
Representante comercial: Jamieson Greer
O presidente eleito dos Estados Unidos anunciou a nomeação do advogado Jamieson Greer como representante comercial do país, que vai ter nas mãos a implementação de políticas tarifárias para países como Canadá, México e China.
Greer foi chefe de gabinete de Robert Lighthizer, antigo representante comercial de Trump e um cético em relação ao comércio livre, e é atualmente sócio do escritório de advogados King & Spalding, em Washington. O escritório do representante comercial dos Estados Unidos, que Greer vai lidar, vai desempenhar um papel fundamental ao lado do Departamento de Comércio na imposição das tarifas que Trump prometeu.
Secretário do Tesouro: Scott Bessent
O fundador da empresa de investimento Key Square Group e fervoroso defensor do controlo político sobre a Reserva Federal (Fed), foi o nome escolhido por Donald Trump para o cargo de secretário do Tesouro.
Scott Bessent desempenhará umpapel essencial na implementação do programa económicodo republicano recém-eleito para a Casa Branca, mas também nocontrolo da dívida pública. Caso a sua nomeação seja confirmada e validada pelo Senado,Bessent terá um papel crucial na supervisão de um amplo 'território'que abrangerá ocomércio internacional, os impostos, a regulamentação financeira e as sanções dos EUA.
Secretária da Educação: Linda McMahon
Opresidente eleito dos Estados Unidosanunciou que vai nomear a bilionária magnata do wrestling profissional Linda McMahon como secretária do Departamento de Educação, uma agência que Donald Trump prometeu desmantelar.
A republicana liderou a Administração de Pequenas Empresas durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2019, e concorreu duas vezes sem sucesso ao Senado, pelo estado de Connecticut. A bilionária é vista como relativamente desconhecida nos círculos educacionais, embora tenha manifestado apoio às escolas criadas por pais e ao direito dos pais de escolher a escola dos filhos.
Responsável pelos programas Medicare e Medicaid: "Dr. Oz"
Mehmet Oz, o famoso cirurgião cardíaco conhecido pelo programa televisivo "Dr. Oz Show", vai liderar os programas de seguro de saúde Medicare e Medicaid. Oz vai liderar aagência que supervisiona os programas de seguro de saúdepara milhões de norte-americanos mais velhos, pobres e deficientes.
OMedicaidoferece umacobertura de cuidados de saúde quase gratuita a milhões de crianças e adultos mais pobres dos EUA, enquanto oMedicare dá aos norte-americanos mais velhos e aos deficientes acesso a seguros de saúde.
Secretário de Estado: Marco Rubio
Trump nomeou o senador da Florida, Marco Rubio, como secretário de Estado, fazendo do crítico que se tornou aliado a sua escolha para diplomata de topo.
Conhecido por ser um defensor de uma linha muito dura contra a China e o Irão, este responsável eleito de 53 anos já copresidiu ao Comité de Inteligência no Senado. Opostos durante as primárias republicanas de 2016, Donald Trump e Marco Rubio trocaram acusações e insultos, mas parecem ter pacificado a sua relação.
Há mais de uma década Rubio ajudou a elaborar legislação sobre imigração, que incluía um caminho para a cidadania de pessoas que se encontravam ilegalmente nos EUA. Agora, apoia o plano de Trump de utilizar as forças armadas do país para efetuar deportações em massa.
Chefes do Departamento de Eficiência Governamental: Elon Musk e Vivek Ramaswamy
O bilionário Elon Musk vai liderar um novo Departamento de Eficiência Governamental, que visa cortar dois biliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros) do orçamento do Governo federal, atualmente de seis biliões de euros.
Este homem de 53 anos, o mais rico do mundo, prometeu uma transição "justa e humana" aos futuros trabalhadores federais que serão vítimas destes cortes draconianos.
Musk trabalhará ao lado de outro empresário aliado de Trump, Vivek Ramaswamy, neste novo departamento. Estes dois aliados vão "enviar ondas de choque pelo sistema", avisou Trump.
Procuradora-geral dos EUA: Pam Bondi
Depois docongressista norte-americano Matt Gaetzter retirado, na quinta-feira, a sua candidatura para o cargo de procurador-geral dos Estados Unidos,Donald Trumpjá preencheu a vaga. O nome escolhido pelo presidente eleito éPam Bondi, antiga procuradora-geral do estado da Flórida.
Donald Trump descreveu Pam Bondi como umamulher "inteligente, forte e lutadora", capaz de fazer um"trabalho fantástico como procuradora-geral".
Inicialmente, o futuro Presidente dos Estados Unidos tinha designado Matt Gaetz para procurador-geral. No entanto, o congressistaé alvo de suspeitas numa investigação federal sobre tráfico sexual.
Diretora dos Serviços Secretos Nacionais: Tulsi Gabbard
A ex-deputada do Havai Tulsi Gabbard foi escolhida por Trump para ser diretora dos serviços secretos nacionais, outro exemplo de como Trump privilegia a lealdade em detrimento da experiência.
Gabbard, 43, foi um dos membros democratas da Câmara que procurou, sem sucesso, a indicação presidencial do partido para 2020. Dois anos depois, deixou o Partido Democrata. A futura diretora, que endossou Trump em agosto, fez campanha com o Presidente eleito, tendo sido acusada de difundir propaganda russa.
Secretário da Defesa: Pete Hegseth
Pete Hegseth, 44 anos, antigo comandante do Exército e atual apresentador da Fox News, o canal de televisão favorito dos conservadores nos Estados Unidos, será o novo secretário da Defesa. "Com Pete no comando, os inimigos da América estão alerta", disse Trump.
Se for confirmado pelo Senado, Hegseth vai herdar um dos cargos mais importantes durante uma série de crises globais - com a guerra da Rússia na Ucrânia, o conflito em curso no Médio Oriente e a escalada de preocupações com a crescente aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte.
Hegseth está ainda envolvido numa polémica. De acordo com o The Washington Post, o candidato de Trump pagou a uma mulher para manter silêncio sobre um caso em que o acusava de agressão sexual.
Secretária de Segurança Interna: Kristi Noem
Fiel entre os fiéis, Kristi Noem será a líder da Segurança Interna, uma posição no centro das políticas de imigração de Donald Trump. Depois de ter sido apontada para a vice-presidência, a ambição da governadora do Dakota do Sul, de 52 anos, foi atenuada quando revelou este ano que tinha morto o seu cão porque era, segundo ela, "indomável", provocando um dilúvio de críticas.
Durante a pandemia de covid-19, Noem não impôs as restrições impostas por outros Estados e, em vez disso, declarou a Dakota do Sul como "aberta à atividade". Em julho de 2020, Trump realizou um comício com fogo-de-artifício no Monte Rushmore, naquela que foi uma das primeiras grandes concentrações da pandemia.
Diretor da CIA: John Ratcliffe
O antigo diretor nacional de inteligência de Donald Trump, o ultraconservador John Ratcliffe, vai dirigir a Agência Central de Inteligência, a CIA.
Secretário da Saúde e dos Serviços Humanos: Robert F. Kennedy Jr.
O herdeiro do clã democrata Kennedy chegara a candidatar-se, como independente, nestas eleições presidenciais, mas acabou por desistir, em troca de um cargo na administração Trump. É sobrinho do presidente John F. Kennedy e filho do antigo procurador-geral Robert F. Kennedy.
A escolhade Kennedy Jr. para ocupar a pasta da Saúdeganha contornos ainda mais controversos porter participadono movimento de desinformação quanto às vacinas.Assumiu-se contra a vacinação durante a pandemia de covid-19 e atéchegou a afirmar falsamente que as vacinas estavam ligadas ao desenvolvimento de autismo.
Robert F. Kennedy Jr. não tem também a imagem pública limpa no que toca à vida privada. Entre os vários escândalos que o têm acompanhado está uma acusação de agressão sexual a uma antiga baby-sitter da família.
Secretário dos Transportes: Sean Duffy
Donald Trump escolheu um antigo congressista eleito pelo Estado do Wisconsin, Sean Duffy, para secretário dos Transportes. Duffy é um antigo animador de programas televisivos e um dos mais visíveis defensores de Trump nos canais de notícia por cabo.
Duffy esteve na Câmara dos Representantes durante cerca de nove anos, onde integrou a comissão dos Serviços Financeiros e presidiu à subcomissão de Seguros e Habitação. Saiu do Congresso em 2019 e tem sido um dos apresentadores de um programa na Fox Business. No seu anúncio, Trump destacou que Duffy está casado com uma apresentadora da Fox News, classificando-o como "o marido de uma mulher maravilhosa, Rachel Campos-Duffy, uma ESTRELA da Fox News".
Secretário dos Assuntos dos Veteranos: Doug Collins
Collins é um antigo congressista republicano da Geórgia que ganhou reconhecimento por defender Trump durante o seu primeiro julgamento de destituição. Também serviu nas forças armadas e é atualmente capelão do Comando da Reserva da Força Aérea dos Estados Unidos.
"Devemos cuidar dos nossos bravos homens e mulheres de uniforme e Doug será um grande defensor de nossos membros do serviço ativo, veteranos e famílias militares para garantir que eles tenham o apoio de que precisam", disse Trump num comunicado.
Secretário do Interior: Doug Burgum
A nomeação do governador do Dakota do Norte, Doug Burgum, para liderar o Departamento de Interior dos EUA, está em linha com as promessas eleitorais do Presidente eleito sobre a expansão de exploração de petróleo. Doug Burgum, de 68 anos, é conhecido pelo forte apoio à exploração de petróleo e gás.
Como governador, Burgum demonstrou um equilíbrio entre o apoio à indústria de energia e o incentivo a medidas voltadas para a sustentabilidade, como a meta de alcançar a neutralidade de carbono no Dakota do Norte até 2030. Contudo, Burgum raramente usa a expressão "alterações climáticas" nos seus discursos, um reflexo das complexas dinâmicas políticas de uma região que governa e que está muito dependente economicamente de combustíveis fósseis.
Secretário da Energia: Chris Wright
Trump escolheu Chris Wright para secretário da Energia. Presidente executivo da Liberty Energy e defensor do controverso 'fracking' (técnica de fraturação hidráulica usada para obter gás e petróleo), Wright rejeita a existência das alterações climáticas e disse que não há qualquer "transição energética também".
O New York Times lembra que Wright não tem qualquer tipo de experiência governamental e que chamou a atenção de Trump enquanto comentador do canal de televisão Fox News, sendo também presença frequente no mundo dos 'podcasts'. O futuro secretário da Energia estará alinhado com o escolhido para o Departamento do Interior, Doug Burgum, com quem trabalhou durante anos e que é conhecido pelo forte apoio à exploração de petróleo e gás.
Secretário do Comércio: Howard Lutnick
Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald e co-presidente da equipa de Trump de transição de poderes para a Casa Branca, é o próximo secretário do Comércio.
Lutnick, de 63 anos, tem sido uma figura influente no núcleo próximo de Trump, desempenhando um papel central na seleção de membros do gabinete e na definição de estratégias para o novo mandato. É conhecido não apenas pelo seu papel como CEO da Cantor Fitzgerald, mas também pela resposta da empresa aos ataques terroristas do 11 de Setembro, que resultaram na morte de centenas de funcionários, incluindo o seu irmão.
Administrador da Agência de Proteção Ambiental: Lee Zeldin
Lee Zeldin, um dos amigos mais próximos de Trump e antigo representante do Estado de Nova Iorque, vai dirigir a Agência de Proteção Ambiental, com a missão de reduzir as regulamentações climáticas e de poluição.
Chefe de Gabinete: Susie Wiles
Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa de Trump, foi nomeada a sua chefe de gabinete no regresso à Casa Branca. Wiles é amplamente creditada dentro e fora do círculo íntimo de Trump por ter dirigido aquela que foi, de longe, a sua campanha mais disciplinada e bem executada.
Susie Wiles evitou em grande parte os holofotes, recusando-se até a pegar no microfone para falar enquanto Trump celebrava a sua vitória ."A Susie é dura, inteligente, inovadora e é universalmente admirada e respeitada. A Susie continuará a trabalhar incansavelmente para tornar a América grande novamente", frisou Trump, no comunicado. Wiles é uma estratega republicana de longa data, sediada na Florida, que dirigiu a campanha de Trump no estado em 2016 e 2020.
Conselheiro de Segurança Nacional: Mike Waltz
Mike Waltz, um oficial eleito da Flórida de 50 anos e antigo oficial das forças especiais, será o conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, um cargo eminentemente estratégico.
Com Marco Rubio, Waltz será o principal arquiteto da política externa do Presidente republicano, que prometeu acabar com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. Muito crítico da China, que descreveu como uma "ameaça existencial" para os Estados Unidos, Waltz é crítico da Rússia, ao mesmo tempo que acredita que Washington deve renegociar o esforço de guerra da Ucrânia.
Czar da Fronteira: Tom Homan
Tom Homan, um veterano oficial de imigração, será o "czar da fronteira" da América, encarregado de aplicar a promessa de Donald Trump de realizar a maior deportação de imigrantes ilegais na história dos Estados Unidos.
Diretor-adjunto de Política Interna: Stephen Miller
O Presidente eleito indicou o conselheiro de longa data Stephen Miller, figura da linha dura sobre imigração, para ser o diretor-adjunto de política interna no seu futuro Governo.
Miller foi conselheiro sénior no primeiro mandato de Trump e tem sido uma figura central em muitas das suas decisões políticas, nomeadamente na sua decisão de separar milhares de famílias de imigrantes como estratégia de um programa de dissuasão de imigração ilegal, em 2018.
Vice-chefe de Gabinete: Dan Scavino
Scavino foi conselheiro das três campanhas do Presidente eleito, e a equipa de transição referiu-se a ele como um dos "assessores mais antigos e de maior confiança de Trump". Será vice-chefe de gabinete e assistente do Presidente.
Foi detido por desacatos no Congresso em 2022, após se recusar a cumprir uma mandado da investigação sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Vice-chefe de Gabinete: James Blair
Blair foi diretor político da campanha de Trump em 2024 e do Comité Nacional Republicano. Será vice-chefe de gabinete para assuntos legislativos, políticos e públicos e assistente do Presidente. Blair foi fundamental para a mensagem económica de Trump durante a campanha vencedora de regresso à Casa Branca este ano.
Vice-chefe de Gabinete: Taylor Budowich
Budowich é um assessor veterano de campanha de Trump que lançou e dirigiu "Make America Great Again, Inc.", um super PAC (Comité de Ação Política) que apoiou a campanha do magnata para 2024. Será vice-chefe de gabinete de comunicações e pessoal e assistente do Presidente. Budowich também serviu como porta-voz de Trump após a sua primeira presidência.
Diretor de Comunicação da Casa Branca: Steven Cheung
O Presidente eleito nomeou Steven Cheung como conselheiro presidencial e diretor de comunicação da Casa Branca. No anterior Governo do republicano (2017-2021),Cheung trabalhou como diretor de resposta estratégica.
Secretária de Imprensa da Casa Branca: Karoline Leavitt
O Presidente eleito nomeou como porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt, que desempenhou essa função na campanha de Donald Trump e também integrou a equipa de comunicação no primeiro mandato (2017-2021) do republicano.
Quando Trump assumir o cargo, a 20 de janeiro de 2025, Leavitt vai ser, aos 27 anos, a porta-voz mais jovem da Casa Branca. Este é um dos cargos mais importantes da Casa Branca por se tornar o rosto da administração no contacto com os jornalistas.
Conselheiro da Casa Branca: William McGinley
McGinley foi secretário de gabinete da Casa Branca durante a primeira administração de Trump e consultor jurídico do Comité Nacional Republicano durante a campanha de 2024. Numa declaração, Trump considerou McGinley como "um advogado inteligente e tenaz".
Enviado para Rússia e Ucrânia: Keith Kellogg
O antigo general Keith Kellogg, figura próxima e leal a Donald Trump, foi nomeado como enviado para a Ucrânia e para a Rússia.Keith Kellogg, pouco conhecido do público em geral, presidiu brevemente ao Conselho de Segurança Nacional, o gabinete de política externa da Casa Branca, durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021).
Figura muito crítica sobre os milhares de milhões de dólares libertados pelos Estados Unidos para a Ucrânia, Donald Trump prometeu resolver a guerra entre Kiev e Moscovo ainda antes de tomar posse em janeiro, sem nunca explicar como.
Embaixador no Médio Oriente: Steven Witkoff
O investidor do imobiliário, de 67 anos, é companheiro de golfe do Presidente eleito e estava a jogar com ele no clube de Trump, em West Palm Beach, Flórida, a 15 de setembro, quando o ex-presidente foi alvo de uma segunda tentativa de assassinato. Witkoff "é um líder altamente respeitado nos negócios e na filantropia", disse Trump.
Embaixador em Israel: Mike Huckabee
O ex-governador do Arkansas e pastor batista Mike Huckabee, de 69 anos, será o embaixador dos Estados Unidos em Israel, que já visitou por diversas vezes. Defensor da colonização da Cisjordânia, Huckabee declarou em 2017, na colónia israelita de Maale Adumim, que "a Cisjordânia ocupada não existe".
Embaixador na ONU: Elise Stefanik
A deputada nova-iorquina Elise Stefanik, de 40 anos, será a nova embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, instituição que acusou, em meados de outubro, de "definhar no antissemitismo".
Eleita para o Congresso em 2014, com apenas 30 anos, estabeleceu-se gradualmente entre os mais fervorosos apoiantes de Donald Trump. Stefanik recusou certificar o resultado das eleições presidenciais de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden.
- Com Lusa
[Última atualização - 25 de dezembro às 22:46]