O secretário-geral da NATO veio a Lisboa dizer que os russos estão de olho na costa portuguesa e pedir que Portugal gaste mais dinheiro com a defesa. O primeiro-ministro garante que o país está empenhado em atingir os 2% do PIB, mas o secretário-geral da Aliança Atlântica diz que não é suficiente.
Daniela Nunes, analista de Política Internacional, afirma: "Há um certo pragmatismo no discurso de Mark Rutte que é ou pode ser preocupante para países como Portugal, que são os países que menos investem na Defesa e que estão mais longe de o conseguir, por uma questão de recursos, que estão mais longe de conseguir atingir a meta dos 2%, já para não falar de que Trump agora introduziu os 5% como sendo a bitola que ele consideraria justa para equiparar aqui um bocadinho as questões".
"A ameaça da Rússia pode parecer longínqua, mas asseguro-vos que não é", alertou esta segunda-feira o líder da NATO, referindo que Moscovo tem armamento que consegue atingir a costa portuguesa.
Donald Trump, que durante o seu primeiro mandato exigiu que todos os Estados-membros da aliança aumentassem os seus contributos para a organização atingindo os 2% da riqueza produzida, quer agora que o valor passe para os 5% do PIB.
"Precisamos de intensificar os nossos esforços", o que "significa que precisamos de gastar mais na nossa defesa", sublinhou o secretário-geral da NATO, acrescentando que a Rússia "está a tentar desestabilizar" a Europa com atos que vão “desde tentativas de assassinato a ataques cibernéticos e sabotagens”.