Após a suspensão das tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre o Canadá e o México, os analistas têm alertado para as ameaças de Donald Trump à União Europeia. Embora Portugal "não seja uma prioridade" para o presidente norte-americano, o impacto das tarifas aduaneiras poderão "rondar os 10%", o que pode ser significativo para o país, alerta Catarina Castro, analista de mercados e comentadora SIC.
"As tarifas aduaneiras genericamente implementadas na União Europeia significaria mais ou menos um corte ou uma redução do PIB gerado pela UE como um todo, de cerca de 1%. Em Portugal, a Galp poderá ser afetada, como todas as outras petrolíferas no mercado europeu cotadas e listadas", explica a analista, acrescentando que até ao momento "não há nenhuma empresa especificamente que se possa dizer que terá um impacto material ou quantificável nesta fase".
Além disso, a inflação pode afetar diretamente os consumidores portugueses, que poderão enfrentar um aumento do custo dos produtos importados dos Estados Unidos, como o "cabaz energético, as sementes, minerais e até alguns produtos agrícolas, nomeadamente a carne", aponta a comentadora SIC.
Por outro lado, o turismo é um setor que poderá sentir as consequências, com possíveis cortes nas viagens de turistas norte-americanos. O impacto também pode estender-se a "exportações nos setores farmacêutico, minérios, plásticos e borrachas".