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Em sintonia: dois principais candidatos a chanceler na Alemanha querem retirar apoios a quem não quer trabalhar

Friedrich Merz e Olaf Scholz reconhecem que os dois grandes problemas na Alemanha tem de ser resolvidos: imigração e economia. Sem acordo nas duas matérias, não haverá coligação de governo.

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Os dois principais candidatos a chanceler da Alemanha querem retirar apoios financeiros a quem não quiser trabalhar. A três dias das eleições de domingo, a garantia é de que a extrema-direita não terá qualquer peso na formação do novo governo.

Frente a frente, o atual chanceler e o provável sucessor que, de acordo com todas as sondagens, terá mais do dobro dos votos. Mas Friedrich Merz deverá precisar do partido de Olaf Scholz para dois grandes problemas na Alemanha, que ambos reconhecem ter de ser resolvidos: imigração e economia. Sem acordo nas duas matérias, não haverá coligação de governo.

Merz promete não depender da extrema-direita para governar. Scholz, que arrisca o pior resultado para o SPD desde o final do século XIX, anseia pelos indecisos. O sistema eleitoral alemão foi desenhado para que haja coligações.

A cinco dias das eleições, o que dizem as sondagens na Alemanha?

Cada eleitor tem dois boletins de voto: um primeiro para escolha direta do candidato do círculo eleitoral e um segundo para o partido político.

Muito acima desta margem, nas sondagens, está a Alternativa para a Alemanha. A AfD, de extrema-direita, ronda os 20% das intenções de voto, com percentagens maiores na antiga Alemanha de Leste. Alice Wiedel quer a Alemanha fora da União Europeia, exige o fim das sanções à Rússia e é apoiada pelo sul-africano Elon Musk. Na Europa, outros distanciaram-se desta mulher, neta de um oficial nazi, e que vive em união de facto com Sarah Bossard, nascida no Sri Lanka.