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Um gesto de aproximação ao Kremlin? Estados Unidos suspendem operações cibernéticas contra Rússia

Ainda que os norte-americanos reconheçam que os hackers russos têm capacidade para aceder a informação sensível e comprometer infraestruturas críticas, não é a primeira vez que há pausas durante negociações diplomáticas sensíveis.

Donald Trump e Vladimir Putin durante um encontro em 2018
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O secretário da Defesa dos Estados Unidos ordenou uma pausa em todas as operações cibernéticas contra a Rússia.

Donald Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia "em três tempos". A resistência de Kiev e dos aliados europeus a um desfecho que não seja justo e duradouro atrapalhou os planos.

Vladimir Putin foi resgatado do isolamento internacional por Trump, e a Casa Branca está empenhada em prosseguir a estratégia de aproximação ao Kremlin.

A mais recente oferta da nova administração foi a ordem dada pelo secretário da Defesa ao Pentágono para suspender todas as operações cibernéticas contra a Rússia.

O Comando Cibernético dos Estados Unidos foi criado, em parte, para responder às ameaças da Rússia e de outras potências estrangeiras.

Ainda que os Estados Unidos reconheçam que os hackers russos têm capacidade para aceder a informação sensível e comprometer infraestruturas críticas, não é a primeira vez que há pausas durante negociações diplomáticas sensíveis.

As operações cibernéticas comandadas a partir do Estado de Maryland permitem detetar e travar atos de sabotagem e ciberataques.

A pausa pode comprometer a cooperação norte-americana com agências de espionagem e contraespionagem europeias, que viram aumentar as tentativas de ataque no último ano.

O jornal The New York Times avança que as instruções ao comando de defesa do ciberespaço foram dadas antes da desavença pública na Sala Oval, com Zelensky a ser humilhado para gáudio de Moscovo.